domingo, maio 31, 2009

Outdoors cá do Jardim - Frederico Duarte Carvalho PPM

Outdoor PPM

A estas eleições concorrem 13 partidos e, se uns nadam em milhões, outros chapinham em poucos milhares ou mesmo centenas de Euros. (O orçamento do POUS para estas eleições é de 750 euros). Esses sabem que semear outdoors por todo o lado é algo que lhes está proibido. Como neste blog não há filhos da mãe e os filhos da puta, como aqui se tratam todos por igual, resolvi imaginar como poderiam ser os outdoors que nunca vi por aí. Começo pelo PPM porque gostei do rei que apresentaram como candidato. Acho-lhe piada na forma e naquilo que diz. Consegue dizer que vai eleger dois deputados sem se rir, diz que todos os candidatos, do POUS ao PND deviam ser eleitos para o Parlamento Europeu e muitas outras pérolas como esta. Se não estivesse a pensar abster-me nesta eleições, se não pensasse que, mesmo minimalista como está a democracia desta Europa, a temos de defender e não fosse republicano, até votava nele.


A privatização do PREC

PREC Privatizado

Um dia depois de ouvir Sócrates acusá-lo de querer privatizar sectores como saúde e educação, Paulo Rangel respondeu às críticas do líder do PS, acusando-o de falar “como se estivesse no PREC”.
“Ele fala como se estivesse no PREC. Parece que quer que só haja iniciativa pública”, afirmou o candidato europeu do PSD no almoço do American Club, em Lisboa.

O puto do Rangel resolveu falar sobre aquilo que pelos vistos não sabe nada. Para falar do PREC ainda vai ter de comer muita “Papa Maizena”. (Seria talvez engraçado alguém fazer o exercício de imaginar qual seria o estado deste país se aquilo que chamaram de “Processo Revolucionário em Curso” não tivesse sido sabotado e quais os direitos que essa sabotagem nos retirou). Mas, é de privatizações que se fala e é engraçado vir o Rangel tentar empurrar o Engenheiro para a Esquerda (tentativa desesperada para tentar mostrar que há diferenças entre os dois partidos?). Desde o fim do PREC que PS e PSD não fizeram outra coisa que privatizar tudo quanto era público, desde a banca, aos combustíveis, á electricidade, às águas, ás estradas e já pouco falta para privatizarem o próprio estado (se é que ainda não está, porque acaba a servir mais os interesses privados que os públicos).
Está nas nossas mãos travarmos esta gente e as suas pérfidas tarefas de destruir o publica e o social. Temos de correr com eles e exigir uma verdadeira democracia em que a vontade dos cidadãos seja respeitada. Quem está no governo deve estar para servir quem o elege e não o grande capital internacional.

sábado, maio 30, 2009

Outdoors cá do Jardim - Carlos Gomes

outdoor MMS

Para hoje escolhi o outdoor de um novo Partido, o MMS que segundo li quer dizer Movimento Mérito e Sociedade. Até agora só vi gente que não conheço a dizer coisas que não me dão qualquer tipo de confiança. A ideia que tenho é que são um movimento saído daqueles encontros do Beato e, assim sendo, algo de assustador. Confesso que sei pouco sobre eles, mas um partido que tem a palavra mérito no seu nome não me dá grande confiança. Não sou defensor da meritocracia, tão em voga em Portugal, e tão utilizada para justificar o injustificável. Acredito numa sociedade solidária e em que todos devem dar o seu melhor para o bem de todos. O individualismo, a competitividade a todo o custo, o procurar subir provando ser-se melhor que os outros, é algo que só cria o conflito, a desconfiança. Nestes também não voto.

As meninas da TV



Hoje resolvi não fazer um boneco mas montar um pequeno filme com a montagem de algumas das imagens que tenho publicado neste blog. A musica, essa é do José Mário Branco.

sexta-feira, maio 29, 2009

Outdoors cá do Jardim - Laurinda Alves

outdoor MEP

Quem anda pela rua não consegue ir a lado nenhum sem lhe surgirem pela frente outdoors por todo o lado. Os partidos mais ricos não deixam escapar qualquer nesga de paisagem ou estrada para colocar mais um. Mesmo nesta floresta, outros há que também conseguem plantar os seus Outdoors. É o caso do MEP, um partido novo e que tem como cabeça de cartaz a Laurinda Alves (Aquela senhora que andou por aí a dizer horrores quando do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez). Para mim é uma personagem de que não gosto, sempre com aquele ar de santinha, mas que não esconde uma arrogância e um puritanismo obsessivo. Claro que há sempre aquela ideia de que se fosse eleita ia para o Parlamento Europeu e nós ficávamos livre dela por cá, mas por outro lado é a imagem de Portugal que ela transportaria para Bruxelas. Aqui fica a minha versão do seu outdoor.

Ódio obscurantista

A Pudica e o demonio

Um amigo deste blog teve a simpatia de me chamar a atenção para um texto do João César das Neves publicado no DN. Deixo aqui o texto e nem me parece necessário fazer comentários, tal a,....nem sei como lhe chamar. Um regresso das ideias do obscurantismo, do puritanismo, do anti-comunismo primário, (só faltou dizer que comem criancinhas ao pequeno-almoço) e da mais negra e bolorenta mentalidade. Custa imaginar que haja quem pense como este César vomita palavras.
Aqui fica o texto para que todos o possam ler.

A educação sexual é indispensável na formação de todos. Por isso, as escolas devem interessar-se pelo tema e dar aulas sérias e formativas. Há anos que a questão é discutida nos meios didácticos e políticos e o Parlamento tem analisado sucessivos projectos de lei. Apesar disso, a educação sexual não melhorou nem se prevê que melhore nas próximas décadas em Portugal. Os responsáveis só complicam um assunto que não precisa de ajuda para ser difícil.
A educação política também é essencial e as escolas devem incluí-la. Mas que pensaria se esses programas lectivos fossem baseados nos projectos de um partido minoritário e extremista, por exemplo o Bloco de Esquerda? Que acharia se na escola as crianças e jovens aprendessem que "a energia deve ser pública" (porque não o pão?), que no meio da crise se deve adoptar a semana de 35 horas e palermices semelhantes? Para não falar na ditadura do proletariado e revolução permanente, escondidas nas suas raízes maoístas e trotskistas. Seria um terrível abuso do sistema educativo.
É exactamente essa infâmia que tem sido cometida nos últimos anos no campo da educação sexual escolar. Um grupo de iluminados, defendendo fanaticamente posições extremistas que assumem como únicas razoáveis, tem capturado o ensino impondo essas ideias como "educação sexual". Ideias que, por acaso, são opostas às da maioria das famílias portuguesas, que esses especialistas desprezam como conservadora e tacanha, pretendendo iluminá-la do alto da sua ciência.
De forma sub-reptícia nos corredores do ministério ou abertamente nos debates políticos, tem-se assistido a intensa campanha para coagir a sociedade a seguir alguns princípios, auto denominados de progressistas, justos e livres. Esses princípios são aqueles a que a sociedade até há pouco chamava "porcalhões". As aulas devem mostrar órgãos sexuais às crianças e explicar os detalhes de carícias, coito e contracepção. A masturbação é natural, o impulso sexual deve ser promovido, se praticado com segurança, e há perfeita equivalência entre todas as opções sexuais. Pudor, castidade e matrimónio são disparates.
Já deve ter reparado que no nosso tempo existe uma intensa controvérsia acerca das questões da família e do sexo. Aspectos consensuais há milénios são momentaneamente polémicos e vivemos enorme confusão de valores e critérios. Isso não nos deve escandalizar, porque todas as gerações têm os seus debates fundamentais. Se vivêssemos há uns séculos, ver-nos-íamos envolvidos em discussões, hoje abstrusas, acerca do sistema político, empresarial ou religioso. Aliás são os mesmos activistas revolucionários que, órfãos dessas antigas lutas político-económicas, vêm agora atacar a instituição familiar com a fúria dos velhos combates laborais. A alcova substituiu a empresa e o direito à greve foi trocado pelo direito ao deboche. Os esquerdistas andam agora paradoxalmente aliados a marialvas e proxenetas.
Em consequência, o Governo, incapaz de resolver desemprego e falências, preocupa-se com a facilitação do divórcio dos casais e a promoção do casamento de homossexuais. Os ministros, que fizeram explodir o défice, subsidiam abortos e querem distribuir preservativos gratuitos nas escolas. O mais incrível é não se darem conta do ridículo. As gerações futuras vão rir à grande com a tolice dos nossos políticos que pateticamente se encarniçam a regular o baixo-ventre.
Devemos terçar armas nas lutas do momento mas sem temer pelos valores vitais. Em breve, as posições extremistas contra o matrimónio e a castidade, hoje julgadas indiscutíveis e gritadas com fúria, serão tão cómicas e obsoletas como são as ideias económicas do Bloco de Esquerda, tão respeitadas há 50 anos (altura em que também o PS as defendia). As tolices acabam sempre vencidas. O mal são as vítimas que criam entretanto.
Felizmente, não são os partidos, deputados e especialistas em educação que dão aulas, mas os professores. Professores que em geral têm filhos e amam a família. O mundo é sempre melhor que a caricatura legal.


quinta-feira, maio 28, 2009

Outdoors cá do Jardim - Ilda Figueiredo

Outdoors

O que disse ontem para o BE posso dizer para o PCP. Acreditam que podem mudar por dentro as políticas de Portugal e da Europa. Sabem que o sistema está viciado, sabem que nunca os deixarão ser poder, mas continuam lá sentados a dizer que lá querem estar sentados e que é bom que haja lá cadeiras para se sentarem. Podem trabalhar mais, podem contestar muito daquilo que o Neoliberalismo deseja fazer, mas sempre sem a força para impedir que o façam. Ao fazerem-no acabam por legitimar essas instituições e a falsa democracia em que vivemos, ao aceitarem fazer parte da elite que nos diz o que devemos pensar e como devemos pensar. Revolução ou involução na companhia dos senhores do poder?

A Precária de um Oliveira e Costa

Paulada

Dias Loureiro mentiu quanto ao encontro com o ex-vice-Governador do Banco de Portugal, António Marta, Joaquim Coimbra foi o grande coveiro do Grupo SLN e do BPN e Cadilhe "lavou as mãos como Pilatos". Foram estas as afirmações de Oliveira e Costa, antigo presidente da SLN e do BPN.

Dias Loureiro já se demitiu do seu cargo de Conselheiro do Estado pois as pressões para isso estavam a tornar-se fortes de mais e saídas direitinhas de Belém. Esperemos agora para ver se não volta a desaparecer num nevoeiro da comunicação social e só o veremos durante algum tempo escondido em cantos de salas onde se reúne o poder económico deste país. Experiência disso não lhe falta.

quarta-feira, maio 27, 2009

Outdoors cá do Jardim - Miguel Portas

Outdoor

O outdoor de hoje é o do Bloco de Esquerda. Parece tudo tão fácil e que basta votar no BE para termos uma melhor Europa, um melhor Portugal e quem sabe mesmo uma melhor galáxia ou mesmo um melhor universo. Basta que lhes reservemos umas cadeiras nos parlamentos locais e estamos todos melhor. Falta explicar como pensa o BE conviver com as directrizes Europeias e o seu Neo-liberalismo se um dia tivesse a efectiva responsabilidade da governação. Como pode aplicar as suas politicas sem romper com esta União Europeia. Ou será que acreditam que também vão determinar as politicas de Bruxelas?

Abriu a caça ao bastonário

Tiro ao alvo

Abriu a caça ao Marinho Pinto, o bastonário da ordem dos advogados. Não sei o suficiente de direito para entender muitos dos problemas que tem levantado mas, para um leigo, muito do que diz faz muito sentido Isto quando vemos os estado da nossa justiça e os processos dos poderosos serem bloqueados por recursos e mais recursos colocados pelos advogados até à prescrição final. Gosto da forma desabrida como fala e de o ouvir dizer o que tem para dizer sem papas na língua. O raspanete e as verdades com que desancou a Manuela Bocas Guedes em directo no noticiário da TVI foi uma coisa linda. Bom era que houvesse mais gente a denunciar a falta de isenção dos nossos médias e as manobras de propaganda com que transformam politicas em inevitabilidades, silenciam opções e colocam o rótulo de “maluquinho” em quem se atreve a falar fora das ideias que desejam vender-nos. Se, com propaganda, nos conseguem convencer a comprar coisas que não nos fazem falta nenhuma também facilmente nos vendem ideias como se fossem o pensamento único que podemos ter. Aconteceu com a flexigurança, que depois transformaram numa aberrante nova lei laboral, com a segurança social em que tudo o que ganhámos foi mais anos de trabalho e menores reformas, com a entrega aos privados dos serviços públicos e a venda da exploração da electricidade, combustíveis, água, estradas, hospitais aos grandes grupos económicos ou com a nossa sujeição às politicas europeias e aos seus tratados. Sempre nos apontaram esses caminhos como inevitáveis e os únicos que poderíamos seguir e as televisões sempre serviram para dar a voz aos seus defensores. Isto não é viver numa verdadeira democracia, mas sim na ditadura da propaganda. Não acreditem, por isso, em tudo o que ouvem, ou melhor, não acreditem em nada.

terça-feira, maio 26, 2009

Outdoors cá do Jardim - Vital Moreira

Outdoor

O outdoor de hoje é dedicado ao PS e ao Vital Moreira, que falam de “Nós Europa”, mas esquecem-se de dizer que essa Europa de que falam é uma Europa de segunda classe, a Europa pobre, a Europa dependente, a Europa dos baixos salários e da pobreza, a Europa que se transformou no pastos dos grandes e poderosos. Portugal está em muitos aspectos no “cu” desta Europa e tudo o que nos deixam para podermos oferecer, é o nosso sol e o nosso mar. São os campos de golfe, os resortes de luxo e um povo simpático e obediente para os servir. Estamos a transformar-nos no INATEL da Europa.

A Padeira da Aljubarrota Europeia

A Padeira de Aljubarrota

O cabeça-de-lista do PS às europeias, Vital Moreira, afirmou: "Temos de denunciar a visão chilreamente e pedestremente (sic) de partidos que se julgava terem algum currículo europeísta. É com pena que digo que o PSD, que outrora foi modernizador, tornou-se agora conservador e em alguns aspectos reaccionário”. De acordo com Vital Moreira, no passado, o partido actualmente liderado por Manuela Ferreira Leite chegou "a reivindicar uma dimensão social" para a União Europeia, mas "está agora rendido às posições mais neoliberais". "Não estávamos preparados para pensar que o PSD, que durante décadas compartilhou connosco ideias europeístas, esteja agora disponível para adoptar uma retórica de baixo nacionalismo, competindo com as extrema-direita e com a extrema-esquerda soberanistas e nacionalistas, fazendo um discurso anti-espanhol e anti-europeu, que não é digno de nenhum partido europeísta", acusou Vital Moreira.

Tenho de concordar com o Vitinho quando afirma que o PSD está rendido às posições neo-liberais, mas esqueceu-se de dizer que também o PS há muito segue o mesmo caminho. Aliás, quem anda pela Europa a defende-la acaba por ser cúmplice ao legitimar uma pseudo-democracia de uma Europa que defende o capitalismo global e segue no caminho do desmantelamento dos serviços públicos e sociais.
Sabendo que o Vitinho, pode não ter jeito nenhum para andar em campanha, mas não é nenhum analfabeto, só se pode considerar como uma certa desonestidade social o querer meter no mesmo saco a extrema-direita e a esquerda. A extrema-direita é realmente nacionalista e a sua posição soberanista assenta na xenofobia, enquanto a extrema-esquerda, pelo menos aquela que defende a ruptura com a União Europeia, baseia-se na necessidade de romper com as politicas neo-liberais, com a ditadura do banco Europeu, com as imposições do Tribunal Europeu e com as directrizes que destroem o tecido produtivo de Portugal. O discurso não é anti-europeu nem há a vontade de construir um muro que nos separe da Europa, mas sim construir uma nova Europa de Nações livres e soberanas que cooperam no desenvolvimento dos seus povos. Nessa Europa eu acredito, nesta que nos querem enfiar pela goela abaixo, como fizeram com o Tratado de Lisboa, só posso desconfiar e combater.

PS: Aproveito para deixar aqui também a minha homenagem ao grande Vilhena que tantos bonecos fantásticos publicou na sua "Gaiola Aberta"

segunda-feira, maio 25, 2009

Outdoors cá do Jardim - Nuno Melo

Outdoor CDS

Continuando com a série de outdoors dedicados à campanha eleitoral para as Europeias hoje escolhi o do CDS. Dizem que não andam a Brincar à política, mas certamente parece que andam a brincar com todos nós. Eu, pelo menos sinto-me um brinquedo nas mãos desta gente, que põe e dispõe da minha vida, dos meus direitos e do meu destino como se um boneco se tratasse. Pena é que nessa brincadeira só eles se divirtam.

Hoje foi dia do Flamengo Socialista

Flamenco

De manhã lá foi o Engenheiro para Espanha, para ao fim do dia vir o zapatero para Portugal. Começou a campanha e os amigos vão dando uma mãozinha uns aos outros. O Engenheiro tenta piscar o olho à esquerda do seu eleitorado e o zapatero tenta fazer esquecer os quase 20% de desempregados em Espanha. A verdade é que ambos falam da nova esquerda, das nova geração de politicas sociais que afinal não passam do desmantelamento do sistema publico e da criação de um sistema de suporte minimo, e miserável, à substtência dos que nada têm. Um socialismo que se confunde com o neo-liberalismo europeu e que com ele se confunde. Não é uma lei de interrupção da gravidez ou do casamento dos homosexuais que faz desta gente, gente de esquerda.

domingo, maio 24, 2009

Banda Paralamentar da A.R.

Banda Parlamentar

Em Portugal, os deputados ganham 3708 euros de salário-base, o que corresponde a 50% do vencimento do presidente da República. Para além das actualizações do vencimento base, 2,9%, há ainda subida em complementos remuneratórios - como o subsídio de refeição, e despesas de transporte em viatura própria, por exemplo. Os titulares de cargos públicos têm ainda direito a um abono mensal para despesas, cujo limite pode chegar a 40% do salário no caso do Presidente, primeiro-ministro e ministros, ou de 25% no caso dos deputados. Como também lhes são pagos abonos de transporte entre a residência e São Bento uma vez por semana, e por cada deslocação semanal ao círculo de eleição, um deputado do Porto, por exemplo, pode receber mais dois mil euros, além do ordenado.

A notícia levantou polémica, no Parlamento, quando surgiu a informação de que os administradores do banco, assim como os da Anacom e da Autoridade da Concorrência iam ser aumentados em 5 por cento. Mas depois ficou a saber-se que pelo menos no caso do Banco de Portugal os salários vão ser congelados, o que implica que o mesmo aconteça com a Anacom e a Autoridade da Concorrência, cujos salários estão indexados aos do banco central. A oposição aplaude, mas não se dá por satisfeita. Miguel Fasquilho considera «uma atitude sensata» o congelamento dos salários, mas afirma que houve «por parte do Ministério das Finanças nenhum desmentido, nem nenhuma notícia a dizer que nunca lhes passou pela cabeça que houvesse estes aumentos». O PCP concorda. Honório Novo afirmou que «Registamos esse recuo, mas lançamos um outro desafio: o senhor ministro das Finanças é quem assina estes aumentos, e nós, naturalmente desafiamos a que não aprovasse (…) qualquer aumento dos administradores do Banco de Portugal e das demais entidades reguladoras em 2009. Já Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, pede regras claras para quem ocupa os altos cargos das entidades reguladoras e defende que, no caso do Banco de Portugal, os salários são já muito elevados. «Estamos a falar de salários que em alguns casos são três vezes o do Presidente da República».

Aplaudem os deputados o não aumento dos administradores, mas não usam o mesmo critério em causa própria. Nem resolveram não ser aumentados este ano nem os vejo utilizar o seu poder legislativo para criar regras que impeçam a vergonha e a imoralidade de alguns salários de detentores de cargos públicos que existem neste país. Será que é porque sabem que, muitas vezes, é na Assembleia da Republica e no governo que são “recrutados” os próximos senhores a ocupar esses cargos?

Outdoors cá do Jardim - Paulo Rangel

Outdoors mamar europa

Vem ai a campanha eleitoral e lá vamos ouvir os velhos discursos do voto útil, das virtudes próprias e dos defeitos dos outros para tudos acabarem a cantar vitória. Claro que depois teremos ainda um prós e contras e umas quantas entrevistas e debates da "inteligência" nacional a justificar os elevados valores da abstenção e a apontar a necessidade de melhorar os mecanismos democráticos e aproximar os eleitores dos eleitos. Depois, volta tudo ao normal enquanto se prepara já a próxima para depois do verão.
Inicio por isso aqui a minha visão de alguns outdoors que vão "forrando" a paisagem deste país.

sábado, maio 23, 2009

Capataz Azevedo no Reino dos Criseminosos

Criseminoso

O empresário Belmiro de Azevedo afirmou que "estar empregado deve satisfazer praticamente toda a gente neste momento" e garantiu que "não há emprego para quem quer estar a passar os fins-de-semana com os pés na água".
Segundo o "patrão" da Sonae, "nos países que têm uma relação com os trabalhadores muito mais transparente, agressiva e pró-desenvolvimento, as pessoas mexem-se mais depressa e a economia começa a trabalhar mais depressa". "Nos países como Portugal e os nórdicos, onde as pessoas têm um discurso muito concentrado nos direitos adquiridos, qualquer dia estão agarradas a um caco muito pequenino no meio do mar e vão ao fundo com o caco", alertou. Para Belmiro, "o direito ao emprego deve existir, mas é preciso ser empregado e é preciso que o empregador exista também. Se o empregador desaparece o barco vai ao fundo".

Belíssima essa ideia de que devemos aceitar tudo só para manter o emprego. Provavelmente se o patrão decidir que ao toque do chicote trabalhamos mais devemos até agradecer-lhe. Não se preocupe o Sr. Belmiro que quando formos ao fundo com o caco lhe vamos dar a mão para ir connosco. Esquece o Belmiro que foi em Portugal que ficou rico com o suor dos portugueses. Esta gente enquanto os trabalhadores tiverem um direito que seja, enquanto este país tiver um único sistema social não vão descansar. (Até os países Nórdicos que lhes serviram de modelo são agora vistos como perigosos exemplos pelos direitos que concedem aos seus cidadãos). Aproveitam-se da crise de que são os principais responsáveis para imporem mais precarização, aumentarem os horários de trabalho e baixarem salários. Talvez esteja na hora de lhes darmos uma respostas, exigindo mais direitos e melhores salários em troca de não lhes darmos um pontapé no cú e assumirmos a auto-gestão das suas empresas. Todos os povos têm o poder de fazer revoluções se o poder vigente se mostrar incapaz de lhes garantir uma vida digna. Já não falta muito.

Ruptura com o conformismo

Comer Portugal

É preciso orientar as pessoas para as coisas superficiais da vida, como o consumo e a moda. É preciso criar muros artificiais, aprisionar as pessoas, isolá-las umas das outras.
A turba tem de ser direccionada para fins inofensivos graças à gigantesca propaganda orquestrada e alimentada pela comunidade de negócios, que consagra uma energia e um capital enormes para transformar as pessoas em consumidores atomizados – isolados uns dos outros, sem a mínima ideia do que poderá ser uma vida decente – e em instrumentos dóceis de produção (quando têm a sorte de encontrar trabalho). É crucial que os comuns sentimentos humanos sejam esmagados; não são compatíveis com uma ideologia ao serviço dos privilégios e do poder, que celebra o lucro individual como valor supremo.
Noam Chomsky

Quantos de nós, como eu, sentados em frente do computador ou de uma televisão, não nos revoltamos diariamente com a hipocrisia dos tempos que vivemos, com as mentiras a que somos sujeitos e com a propaganda com que somos bombardeados. Quantas coisas que nunca nos foram importantes se tornam bens sem os quais não podíamos viver, quantas ideias que nos pareciam ilógicas se tornam axiomas de tantas vezes repetidas e afirmadas. Quantos de nós sabemos que é urgente mudar o rumo das coisas e nos sentimos sozinhos e impotentes para o fazer. Quantos de nós, aceitamos a perda de direitos e liberdades, recusamos lutar por aquilo em que acreditamos pelo medo de perdermos o pouco que ainda temos. Quantos de nós temem avançar por medo do desconhecido.

Todos sabemos que esta Europa que nos impõe as suas políticas liberais e nos está a conduzir para a perda de direitos, para uma maior pobreza e uma maior subserviência perante o poder económico das grandes multinacionais. Todos sabemos que esta Europa nos está a destruir o sistema produtivo, forçando fábricas a fechar por serem incapazes de competir no mercado global, retirando-nos direitos laborais em nome da competitividade que temos de ter perante países que tratam os seus trabalhadores como escravos, deslocalizando empresas para aumentar lucros. Todos nós sabemos que os nossos pescadores viram sua capacidade de pesca reduzido para que outros possam vir limpar os nossos mares, que a nossa agricultura está a ser devastada para que outros possam vender cá os seus produtos. Todos nós sabemos isso e que durante séculos sobrevivemos como país independente. Todos nós sabemos tudo isso, mas já nos convenceram que agora só o podemos fazer dentro da União Europeia e nos incutiram o medo de que fora dela não sobreviveríamos. Lá no fundo sabemos que estamos ser vítimas de uma mistificação, mas a solidão e o medo tolhem-nos a acção.
Se este medo e este caminho nos estão a conduzir ao desemprego, á pobreza, à descriminação e à perda de todos os direitos que tínhamos não está na hora de mudarmos. Vamos fazer a Ruptura com a União Europeia e determinarmos nós o nosso caminho, proibindo os despedimentos e utilizando o dinheiro que os estado esbanja a pagar o prejuízo dos grandes especuladores e a gastar a subsidiar o desemprego, na manutenção dos postos de trabalho dos portugueses. Vamos perder o medo e ter a coragem de assumir nas nossas mãos o nosso destino, que não tem obrigatoriamente de ser um triste fado.

sexta-feira, maio 22, 2009

Os devoradores de queijo

Queijo e Leite

O ministro da agricultura Jaime Silva afirmou que «O CDS anda a comer muito queijo ou a beber muito copinho de leite porque o fim das quotas [do leite] foi confirmado na reforma de 2003 quando o CDS e o PSD estavam no Governo» e que ele acabou por herdar uma decisão «imposta» pelo Governo anterior

Enganou-se o Ministro, não foram impostas pelo governo PSD/CDS, mas sim pela União Europeia. Tanto ele, os governos PS, como os governos do PSD/CDS imporiam essa medida fosse quem fosse que estivesse no poder. Até se os partidos mais à esquerda, que continuam a defender a União Europeia e aceitam participar na sua falsa democracia, estivessem no poder teriam de acatar e implementar todas estas medidas que lhe imporiam. Essa e todas as outras que nos têm imposto e que têm destruído a nossa agricultura, as nossas pescas e toda a nossa industria. Só a ruptura com este sistema, com este neo-liberalismo, com esta Europa, cada dia mais subjugada nas suas decisões pelo poder dos grandes grupos financeiros, nos permitirá encontrar as soluções para a miséria e a pobreza para onde nos empurram todos os dias. Vamos lutar todos por uma Europa unida, mas numa união de nações livres e soberanas. Há que quebrar as correntes, fazer a ruptura com esta Europa, com este Banco Europeu, com este Tribunal Europeu, com toda esta farsa que nos fazem viver.

As lágrimas de crocodilo

Guarda do Tesouro

Os bancos estão com maiores dificuldades em financiar-se, pagando mais pelo dinheiro, procuram meios de compensar a subida dos custos, com mais receita. Uma das medidas tomadas por alguns bancos passa por aumentar os spreads cobrados nos contratos de crédito, o que nem sempre é legal.
O ministro das Finanças garantiu, esta quarta-feira, compreender o aumento dos «spreads» por parte dos bancos. Segundo o mesmo, esta é a resposta possível das instituições bancárias face ao actual cenário de crise. «Não estranho que haja um aumento de spreads», refere o Governante, mas promete que não ficará de braços cruzados perante eventuais abusos.
Teixeira dos Santos diz, no entanto, que estes assuntos não vão ser tratados na praça pública e chama a atenção para a existência de supervisores, salienta na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças.
Quando questionado sobre o papel da banca na economia, o ministro apontou os números da Caixa Geral de Depósitos, cujo crédito total subiu mais de 14% até ao final da semana passada.

Claro que o Teixeira dos Bancos compreende as dificuldades dos bancos e lhes dá todo o seu apoio. Coitado do BES que só obteve 101,3 milhões de euros de lucro no primeiro trimestre deste ano, o BCP de 106 milhões e a CGD de 180 milhões. Estão na penúria e o Sr. Ministro compreende as suas dificuldades, Pelos vistos compreende melhor as deles que a dos cidadãos que têm prejuízo todos os meses na sua contabilidade.
Até quando vamos assistir impávidos e serenos a este despudor, a este sacar a quem já tem pouco para pagar salários, prémios e reformas milionárias a administradores e seus compinchas? Quando vamos ver o Estado mais preocupado com os cidadãos que com os as grandes empresas? Seria tão bom ver quem nos diz representar ser tão solidário com os cidadãos como mostra ser com a banca.

quinta-feira, maio 21, 2009

Clones politicos

Faces da mesma moeda

A líder social-democrata, Manuel Ferreira Leite, afirmou que teme que o Estado esteja a aumentar de dimensão com o combate à crise e apontou o risco de Portugal ficar «irremediavelmente pobre» se não inverter o seu endividamento. «Temos que ter muita consciência de que se não ultrapassarmos esta questão nos próximos quatro ou cinco anos Portugal vai ficar irremediavelmente pobre», afirmou a líder do PSD. Apesar da análise negativa, Manuela Ferreira Leite não se considera uma fatalista, mas «insistir na mesma política que nos está a empobrecer é dizermos que somos fatalmente pobres».

Pela primeira vez concordo com uma afirmação da Horribilis Manela quando diz que se insistirmos nestas politicas estaremos a agravar a situação de pobreza deste país. A questão que se coloca é a de estas afirmações serem feitas por quem menos as pode fazer. Afinal ela e o Sócrates são duas faces da mesma moeda, que é como quem diz das mesmas politicas. Sendo ambos os partidos, partidos de alterne do poder, em que um substitui o outro quando os portugueses se fartam dele, as alternativas que representam é nenhuma. Deve vir com a lições dos Bilderberg bem fresquinhas, agora que acabou de chegar da sua reunião anual, mas não podemos esquecer que há muito que o Engenheiro se rege por essa mesma cartilha. Cabe-nos a nós dizer não a esse destino para onde nos conduzem e escolher outro rumo que garanta o emprego, proibindo os despedimentos e recusando a ideologia neo-liberal que nos impõe a União Europeia fazendo já a ruptura com as suas instituições.

The show must go on

Palhaçadas

Ligar a televisão e ver as trocas de argumentos entre os Rangeis, os Santos Silvas e outros que tais, o volume e o dramatismo que os média lhes dão, a transformação de tudo isto numa palhaçada, seja no caso do Lopes da Mota, da professora que falava de romanos que comiam, comiam, tinham uma bacia, vomitavam, comiam, comiam, tinham uma bacia, vomitavam, dos comentários dos Pachecos e dos Marcelos ou de outros quaisquer. Como discutimos, como nos indignamos quando a realidade se torna cada dia mais negra. Vivemos na era em que não há mentira que não se transforma em axioma, nem facto que não se apaguem da história e da memória. Vivemos a época da descarada promiscuidade pornográfica entre o estado e os grandes interesses privados e que nos transforma em bovinos espectadores do espectáculo que nos oferecem. Até quando?

quarta-feira, maio 20, 2009

Um Abraço de consolação

Cristo Rei

O presidente da República diz que é normal que em tempos de crise os católicos procurem no Cristo Rei um abraço de consolo e protecção. Cavaco Silva falou aos jornalistas no âmbito das cerimónias religiosas do cinquentenário do Cristo Rei, em Almada. Ao mesmo tempo defendeu que a obrigação de um presidente da República é 'estar presente nas efemérides que têm significado para os portugueses'.
Por outro lado, o ministro da presidência, Pedro Silva Pereira, destacou o papel da Igreja Católica na sociedade portuguesa e referiu que o Governo participa nas comemorações por se tratar de uma manifestação religiosa que também é popular.

Pois é, cá estamos todos á espera de um abracinho do Cristo Rei e ele não há maneira de mexer aqueles braços. Já o Silva, o outro, fez-me ficar confuso sem saber se o governo não participaria se a cerimónia fosse só religiosa e não popular, ou se pelo contrário não o faria se fosse só popular e não religiosa.

Internacionalização do sindicalismo capitalista

treta do CES

A CGTP e a UGT participaram na euro manifestação de Madrid, uma iniciativa da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) contra a crise e pelo emprego. No desfile, que ao fim da manhã percorre o centro da capital espanhola, participam 50 mil sindicalistas de Espanha, Portugal, França, Itália, Bélgica, Turquia e Andorra. De Portugal, as duas centrais convocaram 1900 sindicalistas para as ruas madrilenas. “Fomos os primeiros a fazer manifestações conjuntas em Portugal no ano 2000, foi no Porto com 80 mil pessoas”, recorda, ao PÚBLICO, Manuel Carvalho da Silva, da CGTP. A seu lado, no Passeo de la Castellana, à porta do café Gijón, local de concentração da participação sindical portuguesa na euro manifestação da CES, está João Proença, da UGT.

Texto “raptado” do blog Anarkismo.net
Mais de 330 organizações, de todos os continentes, reivindicando 167 milhões de sindicalizados vão criar a Confederação Sindical Internacional (CSI).
Esta internacional sindical teria o exclusivo, na prática, como interlocutor dos organismos internacionais de «regulação» da mundialização capitalista.
Emílio Gabaglio está na base deste projecto: ele é o ex-secretário geral da CES (Confederação Europeia de Sindicatos). Esta, sob a sua direcção, sofreu uma viragem no sentido de uma mais acentuada subordinação aos objectivos políticos da Comissão Europeia. Por exemplo, a CES esteve oficialmente implicada no apoio à guerra imperialista do Kosovo, aprovando a guerra ilegal e o bombardeamento às populações civis pelas forças da NATO... Mais recentemente, a CES tomou posição a favor da «constituição» europeia, documento que institui a desregulação completa do mercado laboral. Aliás, ao repudiar a «directiva Bolkestein», a CES entrou em contradição consigo própria, pois esta directiva se situa no directo cumprimento do projecto (abortado) de «constituição» europeia.
Ao nível mundial, pretende esta corrente sindical, dita de sindicalismo de acompanhamento, «representar em exclusivo» os trabalhadores.
Isto revela sua ambição totalitária, tendo em vista anular a possibilidade de expressão independente de outras correntes. Nomeadamente, remetendo para o gheto as correntes do sindicalismo alternativo e do anarcossindicalismo, ambas com expressão significativa em vários países europeus e não-europeus, não apenas em termos numéricos, como de capacidade de intervenção ao nível local, nacional e mesmo global (nomeadamente nos dias de acção global, com apoio de organizações sindicais diversas).
É mais um passo DA GLOBALIZAÇÃO CAPITALISTA E DA SUA INFLUÊNCIA DIRECTA NO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES, AO NÍVEL MUNDIAL.

terça-feira, maio 19, 2009

Os brincalhões do CDS

Os brincalhões

Esta loucura de outdoors que agora tapam Lisboa mostra bem o desespero dos partidos em tentar convencer as pessoas de que são diferentes daquilo que todos sabemos que são. Os cartazes do PSD são do pior que por aí anda, os do PS sem graça nenhuma e agora vem o CDS dizer-nos que Não andam a brincar com a politica. Pois não, andam a brincar connosco, como andaram noutras alturas andou o Portas a brincar com sumarinos. Isto sem esquecer aquele fantástico miltante chamado "Jácinto Leite Cápelo Rego" que apareceu nas contas do partido.
Continuem a "brincar" e talvez o Paulinho das Feiras tenha a triste noticia de que o Nuno Melo não vai para Bruxelas e vai continuar por cá a fazer-lhe sombra.
Ainda iremos ver estas duas comadres a contarem-nos "verdades" no próximo congresso do CDS?

A luta dos Gatos-Pingados

Gatos Pingados

Portugal e todo este sistema neo-capitalista está a conduzir-nos para uma morte anunciada. Estes abutres, quais gatos-pingados, mesmo sendo culpados e responsaveis pelo actual estado das coisas, até pelo quase-cadaver deste país lutam.

segunda-feira, maio 18, 2009

Manual para professores papagaios

Manual para professores

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, defendeu hoje que o "manual de aplicação" destinado aos professores durante a realização das provas de aferição "é muito útil" e "absolutamente necessário" aos docentes para assegurar igualdade em todas as turmas. A ministra frisou que o manual, que dá indicações muito específicas, incluindo as frases que os professores devem dizer a cada momento da prova, "é um guia de apoio aos professores".

ATENÇÃO
A partir daqui, siga cuidadosamente os procedimentos descritos no Guião de Aplicação de cada prova.
Não procure decorar as instruções ou interpretá-las, mas antes lê-las exactamente como lhe são apresentadas ao longo deste Manual.

Para consultar o texto completo “Clique AQUI”.

Felizmente não sou professor porque não tinha estômago para aturar tanta humilhação. Fazer do professor um incapaz de tomar conta de um exame, dizendo-lhe exactamente, não o que deve dizer, mas o que deve ler em voz alta. O que isto quer dizer é que não há necessidade de na sala da avaliação estar um professor. Podia estar um polícia, um estivador ou um Engenheiro da Independente, desde que soubesse ler.
Até quando vão os professores calar a sua indignação e correr com esta gente? Até quando vão gritar nas manifestações e calar nas escolas? Até quando vão jurar lutar contra as medidas impostas pela sinistra e cumprir às escondidas as ordens do ministério? Até quando?

Conquistas sindicais

SPGL

Dia 30 os professores saem de novo à rua para se manifestarem contra as politica da Sinistra Ministra. Já aqui afirmei que não sou professor, mas que como pai e cidadão me sinto parte interessada nesta luta, por sentir necessidade de defender uma escola pública democrática e de qualidade. É o futuro dos meus filhos e deste país que estão em causa. Acreditei que os professores, profissão que respeito e admiro, podiam vencer este braço de ferro e abrir uma brecha nesta falsa democracia em que vivemos. Acreditei que eram uma profissão culta, informada e que tinham todos os argumentos e armas para vencer. Quando os 120 mil desfilaram pelas ruas de Lisboa, vi finalmente uma profissão unida numa luta e tive a certeza que iam vencer. Não iam, já tinham vencido e só bastava um pequeno empurrão para a Ministra e a sua quadrilha ruírem. Bastava que as organizações sindicais não tivessem deitado a mão à ministra e a tivessem salvo. Bastava que não tivessem assinado um acordo, o famoso memorando, que lhe permitiu sobreviver e lhe deu tempo para dividir aquilo que estava unido; os professores. Hoje, derrotados os professores vêm o seu vínculo profissional perdido, a sua dignidade espezinhada e o seu futuro ameaçado. Perderam os professores e perdemos todos nós.
Onde falharam? Falharam ao não assumirem a luta nas suas mãos e em confiarem em quem os dizia representar. Falharam ao acreditar que quem “luta” dentro do sistema esteja interessado em o destruir ou até em o modificar.
Acredito que para lutar contra este sistema há que começar por o negar e começar a lutar fora das regrazinhas e do ser politicamente correcto. Há que lutar sem se procurar protagonismo ou esperar que nos ofereçam um lugar ao sol. Infelizmente os sindicatos que temos fazem mais jogo politico que luta real pelos interesses dos trabalhadores. Em cada manifestação acabam mais a tirar a pressão à panela do descontentamento que em resolver realmente os problemas. Vivemos tempos de mentiras e de consolidação de uma falsa democracia. Acredito que só na independência dos poderes políticos e na união de todos pode estar a resposta.
Desta vez, não vou estar presente na manifestação dos professores porque não acredito que vá mudar seja o que for. Prefiro ir para a rua falar com as pessoas, falar-lhes da necessidade de acabar com este estado de coisas, de proibir os despedimentos, de construir uma verdadeira democracia em que não sejamos, o “rebanho tolo” que querem que sejamos.
Acredito nos sindicatos e na sua força para mudar o mundo, mas isso só será possivel quando agirem, não em nome dos trabalhadores, dizendo-lhes o que têm e devem fazer, mas quando forem a união da sua verdadeira vontade. Não os lideres que conduzem as lutas dos trabalhadores, mas a arma nas mãos desses trabalhadores.


domingo, maio 17, 2009

Que engraçadinho que ele é

Palhaço

Quando confrontado com os novos números da economia em Portugal, (PIB -3,4% e desemprego de 8,8%), o PR surpreendeu: «Estou em mangas de camisa e deixei os números na algibeira do casaco». Como não tinha os números com ele, não pôde comentar... Nada pior para quem não tem graça nenhuma querer fazer piadas. Acabam sempre por ser de mau gosto, como esta o é para todos nós, mas bem mais humilhante para quem já vive a catástrofe do desemprego. Faz lá as tuas viagens, os teus passeios mas pelo menos “porque não te calas”.

Estes guardam bem a sua "casa"

Gangue dos 5

Quando os partidos partiram e repartiram e ficaram com a melhor parte ninguém estranhou. Essa arte eles têm e até demais. Na nova lei do financiamento dos partidos, passaram de poder receber 22 mil euros em dinheiro vivo, isto é sem controlo de quem o oferece, para uns míseros milhão, duzentos e cinquenta mil euros. A indignação passou pelo país e muitos questionaram a justiça da lei. Logo a Manuela Ferreira Leite veio dizer que se estava mal, por ela podiam mudar de novo. Reuniram-se os deputados, em privado como gostam de tratar estes assuntos e aparecem com uma alteração para resolver o assunto. Quando esperava ouvir que tinham recuado naquilo que nos indignava, aparecem a dizer que os partidos podem guardar para outras campanhas receitas feitas na anterior. Já as candidaturas independentes ou candidatos à PR terão de entregar ao estado esses lucros. Só podem mesmo estar a gozar connosco.

sábado, maio 16, 2009

E alegre se fez triste

Don Quixote

O ex-candidato presidencial Manuel Alegre quebrou o “tabu” ao anunciar que não vai integrar as listas de candidatos a deputados do PS nas próximas eleições legislativas. Apesar de sair da Assembleia da República, Alegre garantiu aos seus apoiantes que vai continuar como militante do Partido Socialista.

Como sempre o Manuel Alegre continua a sua batalha quixotesca sem se perceber muito bem onde quer chegar. Esta sua posição, ao facilitar a vida ao Engenheiro, por obrigatoriamente acabar por ter de entrar na campanha eleitoral com o argumento de derrotar a direita, só pode indicar a sua vontade de ser candidato às Presidenciais em 2011 pelo PS. Se esse é o seu sonho que o persiga, mas esse sonho que trespassa, as notícias no meu país, esse sonho cala a desgraça, esse sonho nada me diz.

Os pobres que paguem a crise

Os pobres que paguem a crise

Lobo Xavier considerou, que a correcção do défice, em previsível alta no final deste ano, só pode ser conseguida com um sistema fiscal justo, que não tenda a castigar apenas os mais ricos.
Para Lobo Xavier, caso a crise se agrave e o défice chegue aos oito por cento, deverá ser equacionada a hipótese de alargar um possível aumento de impostos. «Só subindo os impostos de todos será possível ter receita para controlar de alguma forma o défice a que vamos chegar no fim de 2009», defendeu o fiscalista.
Lobo Xavier chamou, à defesa de um aumento de impostos alargada, uma justiça de largo espectro para que não sejam apenas penalizados as grandes fortunas e os administradores.
O fiscalista, apesar de ressalvar que quer apenas responder a uma tendência socialista de aumento de impostos, gostaria, caso isso aconteça, que todos levassem pela mesma tabela. «Não é perseguir os ricos porque os ricos fogem. Os trabalhadores não fogem num país com pouca mobilidade como Portugal, mas os titulares de grandes rendimentos fogem», justificou.
Não se preocupe o Lobo Xavier que os ricos não vão pagar a crise de que são os principais responsáveis. Só se fala dessa possibilidade agora porque vêm aí três eleições, mas mal passe esse tempo, serão os trabalhadores, os reformados, os mais pobres que mais uma vez vão pagar a crise, como sempre pagaram. Não se preocupe que ninguém lhe vai pedir para pagar mais, antes pelo contrário, vão-lhe dar possibilidades de ganhar ainda muito mais. Vão ser aqueles que ganham os baixos ordenados que vão pagar, que, como ele próprio diz, os que ganham milhões de prémios e reformas vão continuar a fugir aos impostos como sempre fugiram.
Está realmente preocupado com o défice que nós já tínhamos pago para baixar para os 3% e que por culpa dos especuladores capitalistas e das políticas que ele defende vai saltar de novo para 8%? Acabem com os paraísos fiscais, deixem o fisco vasculhar as contas bancárias e seguir o rasto de cada euro que por lá existe, corram com os corruptos e os trafulhas, façam um politica fiscal justa e ponham a justiça a trabalhar com eficiência, rapidez e independente do poder politico e económico. Vão ver que rapidamente este país resolve os seus problemas. Infelizmente não parece ser isso que desejam, mas sim ter um local corrupto onde possam fazer os seus jogos impunemente. Os outros, esses que se lixem, que paguem as crises com que nos vão presenteando para justificar a pobreza e a miséria. Vai-te lixar oh Xavier.

sexta-feira, maio 15, 2009

Bilderberg 2009

Bilderberg 2009

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, desloca-se hoje à Grécia para participar como convidada na conferência anual do grupo Bilderberg. Está tudo dito.

PS: Quem desejar saber mais sobre esta corja:
Um site para navegar

Um filme

Habemos Pilatos...2

Pilatos

Quando questionado sobre a continuidade da presença do Dias Loureiro como Conselheiro de Estado depois do escândalo BPN, o Sr. Silva disse que acreditava na sua palavra e lavou as mãos do assunto. Agora foi a vez do Engenheiro, quando confrontado com a demissão do Presidente da Eurojust, Lopes da Mota, a que um inquérito da Procuradoria acusa de ter feito pressões sobre os magistrados que investigam o Caso Freeport, de passar a batata quente para o Procurador Geral da Republica, lavando dai as suas mãos. Acredito que por mais que lavem as mãos há sujidade que não sai assim com tanta facilidade.

quinta-feira, maio 14, 2009

As insónias do Engenheiro

Insónia

«Acredite, também tenho os meus momentos de angústia e também tenho os meus momentos em que não durmo a pensar nisso e sei bem o que isto significa em todo o mundo. O desemprego cresce em Portugal como cresce em todo o lado e o nosso dever é combater isso», salientou José Sócrates. “Vamos vencer esta crise tal como vencemos outras no passado».

O Engenheiro diz que o desemprego lhe causa insónia mas eu acredito mais que sejam as eleições que aí vêm que lhe tiram o sono. São afirmações tão credíveis como a sua indignação com os crimes que foram praticados no BPN e no BPN que têm sido noticiados. Só nós é que há muito tínhamos já razões para andar indignados com a roubalheira, ele só agora é que tomou consciência delas. Anda muito angustiado o Engenheiro.

O Sedutor

O sedutor

Na visita e Cavaco Silva á Turquia, aconselhou os turcos a terem calma em relação à sua entrada na União Europeia. Deu ainda um conselho adicional – seduzir os parceiros europeus. “A palavra-chave é sedução. Seduzir, foi isso que (nós os portugueses) andámos a fazer durante sete anos”.

Realmente um sedutor irresistível este Sr. Silva.

PS: Continuando com a minha colecção das danças cavaquista nas suas viagens aqui fica a (türk halk müziği) dança turca, como sempre realizada com a sua cara metade, a inconfundível Maria.

A dança turca

quarta-feira, maio 13, 2009

Super Carmelinda Pereira

Super Revolucionaria

Não concordo com todas as ideias e actividade politica do POUS da Carmelinda Pereira, mas não posso deixar de admirar a sua persistência na defesa daquilo em que acredita e todo o trabalho e tempo que gasta numa luta, para muitos condenada, por ignorada pela comunicação social e pelos poucos recursos que têm, (um orçamento de 720 Euros para a campanha das eleições Europeias), a não chegar à maioria das pessoas. Mesmo assim não desiste, não se cansa de reunir os seus apoiantes, defender as suas ideias e participar em todas as lutas que considera justas. Apoio-a nestas eleições por defender duas ideias que considero correctas e que representam soluções reais para a crise que atravessamos. Primeiro, a Proibição de todos os despedimentos, acabando com o a politica do estado pagar o desemprego, com subsídios e injecções de capital, mas o emprego, garantindo que o tecido produtivo do país não é destruído. A segunda medida, a Ruptura com a União Europeia, deixando de obedecer a imposições capitalistas e neo-liberais e defendendo uma outra Europa constituída por povos livres e soberanos. Pode parecer demasiado radical, mas perante o avanço do capitalismo global, da ditadura do inevitável e do poder dos Senhores do Mundo, há que agir. Somos enganados todos os dias pelas televisões, pelos políticos, pelos economistas e por todos aqueles que nos dizem que têm soluções milagrosas para os problemas. As soluções temos de ser nós, na recusa do inevitável, tornando possível aquilo que nos dizem não o ser. Como dizia Robert Musil, “Uma utopia é uma possibilidade que pode efectivar-se no momento em que forem removidas as circunstâncias provisórias que obstam à sua realização”.

Impressões sobre pressões

Piratas da Justiça Freeport

O Conselho Superior do Ministério Público aprovou esta tarde a instauração de um processo disciplinar contra Lopes da Mota, presidente do Eurojust, por alegadas pressões a magistrados para arquivamento do caso Freeport. Segundo avança o “Correio da Manhã”, no relatório é dado como “fortemente indiciado que Lopes da Mota exerceu pressões sobre os magistrados Paes Faria e Vítor Magalhães para que procedessem a um arquivamento parcelar do inquérito sobre o alegado pagamento de luvas para licenciar o centro comercial Freeport”.As alegadas pressões dizem respeito a conversas que o presidente do Eurojust terá mantido com os procuradores que investigam o caso, fazendo considerações sobre a delicadeza do caso, comparando-o ao processo Casa Pia, e adiantando que ambos os magistrados estariam sozinhos, adiantou hoje o DN. Lopes da Mota admitiu depois que disse que o primeiro-ministro queria o caso resolvido rapidamente, não o considerando, porém, uma pressão. Segundo os procuradores alegadamente pressionados, os “recados” terão sido enviados pelo próprio ministro da Justiça, Alberto Costa, que confirmou em Abril no Parlamento que reuniu com Lopes da Mota. O titular da pasta da Justiça referiu ainda nessa altura que iria “retirar todas as consequências”, caso se confirmassem as suspeitas de pressões no caso que envolve o nome do actual primeiro-ministro José Sócrates.

Mais um bocadinho de luz sobre a Campanha Negra.

The King of the World

Bruxelas Capital do Mundo

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse hoje que Bruxelas "é a capital do mundo, é aqui onde tomamos as iniciativas para o futuro do planeta”."O modelo social de mercado" da União Europeia é "uma inspiração para outras partes do mundo". O chefe do Executivo da UE também pediu a participação dos cidadãos nas próximas eleições de Junho, "para mostrar que todos os europeus estão juntos".

Se Bruxelas é a capital do mundo, o seu presidente deve ser o líder mundial mais importante do planeta. A esta hora o Obama já mudou o nome do cão de agia português para Barroso, o Putin pensou em reconstruir a URSS e o Hu Jintao se mijou de tanto rir.
É por haver gente como esta a querer dizer como devo viver, como devo pensar e o que devo fazer que não vou dar legitimidade a esta Europa para falar em meu nome. O meu voto é um não a esta União Europeia.

terça-feira, maio 12, 2009

O Porteiro da Guerra

Porteiro Iraque

Miguel Portas, cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda às eleições europeias, “tem pena que Barroso seja português” e diz que o presidente da Comissão Europeia só chegou a Bruxelas por ter sido o porteiro da cimeira das Lages que decidiu a invasão do Iraque.

Não podia estar mais de acordo.


A doença da democracia - Gripe do medo

Doente gripe

"Antigamente tinha-se medo da prisão caso se discordasse do poder instituído. Hoje tem-se "um medo de retaliações e de falar com desconhecidos ou ao telemóvel". Por isso, disse Manuela Ferreira Leite, "a nossa democracia está doente.

Há muito que aqui falo de “medo” que anda a contaminar o nosso país. Um medo que coarcta a liberdade, um medo que assusta muita gente. Este governo de Socretinos tem usado a sua prepotência para tentar silenciar a critica, mas não são os únicos. Também o partido da Manelinha nos tem dado maus exemplos para não falar da sua ideia da necessidade de “suspender a democracia temporariamente”. Mas, o maior medo a que estamos sujeitos é ao da mentira e da pobreza com que estes partidos nos têm presenteado ao longo dos anos. Facilitam o despedimento, tornam-nos dependentes de uma Europa que de democrática só tem a mania de o ser. Acenam-nos com a crise em que estamos e com as que estão para vir. Entregam a nossa soberania aos grandes senhores do capital, sob a batuta dos Bilderbergs deste mundo.
Um medo que, como uma gripe, é contagioso. Um medo que gostam que tenhamos e mostremos para não reclamarmos dos direitos que nos estão a tirar e dos sonhos de vida a que deixamos de poder aspirar para nós e para os nossos filhos. Esse medo é culpa de todos eles e daqueles de nós que o aceitam.

segunda-feira, maio 11, 2009

Eleições Europeias Parte II - Os Pobres

Eleições 2009

Os pobres também nos trazem alguns repetentes que galhardamente voltam campanha a campanha com grande espírito desportivo. Outros novos mas sem grandes novidades. A lista para sabermos quem é quem: Carmelinda Pereira (POUS), Frederico Duarte Carvalho (PPM), Laurinda Alves (MEP) Humberto Nuno de Oliveira (PNR), Carlos Gomes (MMS), Orlando Alves (PCTP/MRPP), Luís Filipe Guerra (PH).
Quanto às despesas de campanha não as conheço, mas imagino que sejam bem mais baratas. Ai ganha o POUS que apresentou um orçamento de 720 euros.

Eleições Europeias Parte I - Os Ricos

Eleições 2009

Os ricos, são os suspeitos do costume, PSD (2,2 milhões), PS (1,5 milhões), CDU (1,2 milhões), BE (725 mil) e CDS (477mil). Acrescento ainda lá ao fundo o Pedro Quartin Graça, candidato do pequenino MPT que surge com os surpreendentes 1,5 milhões.

domingo, maio 10, 2009

Danos colaterais

Paquistão

Um ataque aéreo das forças dos EUA no oeste do Afeganistão causou a morte a dezenas de pessoas, entre as quais mulheres e crianças. Segundo a polícia afegã, mais de 100 pessoas - incluindo 70 civis - morreram no ataque na madrugada de segunda-feira para terça-feira.
Os EUA já 'lamentaram' a morte de civis no bombardeamento e anunciaram que irão participar na investigação ao incidente. Considerando que 'qualquer perda de vidas inocentes é trágica', as forças norte-americanas anunciaram que vão oferecer assistência humanitária às populações afectadas para se retractarem do incidente. "As vítimas civis são sempre uma possibilidade quando se executa uma actividade contra insurgente". Estamos aqui para proteger a população civil e levamos isto muito a sério”.
O ataque foi conhecido no dia em que o presidente dos EUA, Barack Obama, se reúne em Washington com os seus homólogos do Paquistão Asif Ali Zardari, e do Afeganistão, Hamid Karzai.

No Paquistão, as forças militares estão a intensificar as operações contra a guerrilha taliban na Província da Fronteira Noroeste, multiplicando os bombardeamentos sobre posições dos rebeldes. Milhares de civis abandonaram a principal cidade no bastião tribal do Vale de Swat. Outros 500 mil permanecem encurralados na malha urbana de Mingora. Entre as dezenas de milhares de habitantes que fugiram e se refugiaram em campos de deslocados, aumentam os relatos que acusam tanto os militares como os talibans de matar civis, especialmente em bombardeamentos indiscriminados.

Afinal, para o “Anjo” que diziam ter descido sobre a América, as mortes de civis inocentes continuam a ser danos colaterais, na sua visão politica do mundo. Parece que há coisas que nunca mudam.

Um casamento a que não vou

Casamento outubro

Já todos entendemos que, se não acontecer nenhum facto extraordinário, a partir de Outubro o PS e o PSD estão condenados a casarem um com um outro num grande bloco central. Uns dizem que querem outros que não querem, mas tudo parece apontar para que esse seja o resultado lógico da actual crise. Incapazes de fazer um governo uni partidário ou de encontrar nos partidos mais pequenos uma coligação funcional, os dois partidos mais votados, (e mais parecidos um com um outro), acabarão por acasalar. O problema será o de como dividirem os espólios e os "jobs for de boys”.
Já notaram de como todos dizem que os que afirmam essa inevitabilidade o fazem porque consideram que a partir de Outubro é necessário um governo estável que possa aplicar medidas anti-populares para solucionar a gravíssima crise, (que eles criaram), em que estaremos na altura. Isto quer dizer que nos vão andar a mentir até às eleições, prometendo o paraíso quando sabem bem que é o inferno que nos vão oferecer. Adia-se o aperto do garrote até conseguirem o voto dos cidadãos para depois nos confrontarem com a inevitabilidade de mais e maiores sacrifícios. Já ouvi iminentes economistas falar mesmo da inevitabilidade de "suspender" a Constituição. Não sei o que pensam aqueles que aqui vêm, mas eu recuso-me a aceitar ser enganado por esta cambada e muito mais que me retirem direitos e liberdades. Recuso-me a votar em quem me está conscientemente a mentir e enganar e declaro desde já que não considerarei como sendo um governo democraticamente eleito um que atinja esse objectivo pela mentira e pelo engano. A democracia exige verdade.

sábado, maio 09, 2009

As Mordaças

Mordaça

Paulo Castro Rangel, no seu discurso de candidatura às eleições europeias, acusou o PS de querer amordaçá-lo. Agora foi a vez de vir o Augusto Santos Silva acusar o PSD de querer amordaçar o PS. Bom, bom seria que se amordaçassem uns aos outros e acabassem com o ruído, as mentiras e as parvoíces com que nos brindam diariamente. Como dizia o outro, “Por que no se callan!”.

A Foice e a Coroa

A foice e a Coroa

"Estou farto de chorar. Hoje (ontem) tomei a decisão mais difícil da minha vida quando entreguei o cartão de militante do PCP." Pedro Namora, o ex-aluno da Casa Pia, acabava de se demitir do seu partido de sempre, para avançar com uma surpreendente candidatura à Câmara de Setúbal, à frente do Partido Popular Monárquico (PPM).

Foi-se a Foice, venha a Coroa.

sexta-feira, maio 08, 2009

Renuncia do contrato que nunca assinei

Amor eterno

Lisboa, 06 Mai (Lusa) – Os candidatos do PSD ao Parlamento Europeu assinaram hoje um contrato em que se comprometem a defender "Portugal na liderança europeia" com Durão Barroso e a manutenção do português como língua oficial da União Europeia.
Estes dois pontos do "contrato europeu com os portugueses", assinado pelos 22 candidatos efectivos do PSD e também pelos suplentes numa cerimónia em Lisboa, foram depois sublinhados pela presidente do Partido, Manuela Ferreira Leite.

Contrato

Assinaram um contrato com os portugueses para manter o Durão Barroso à frente da Comissão Europeia? Eu sou português e nunca assinei nem assinarei nenhum contrato com ninguém para esse fim. “Portugal na liderança europeia”, só podem estar a chamar-nos de parvos. Eu quero é Portugal longe dessa Europa e a existir em cooperação numa outra Europa de Nações livres e independentes. Eu quero a ruptura com esta Europa que se auto nomeia de democrática, mas nos enfia à força pela goela abaixo tratados, que nos retiram o direito ao livre direito de escolhermos o nosso caminho e destino. Eu não quero uma Europa onde os seus líderes políticos, os seus Tribunais e o Banco Europeu são nomeados pelos poderosos não nos dando qualquer direito a discordar. Eu não quero uma Europa que me imponha como tenho de ser, como tenho de viver, o que tenho de fazer e que sonhos posso sonhar. Acredito que há outra forma de relacionamento possível entre as pessoas, que há um lado mais solidário e feliz reprimido por sobre as ideias de produtividade, competitividade e meritocracia. Não tenho de ser inimigo, adversário ou concorrente com os meus vizinhos. Não é esta a Europa que eu quero e por isso nunca assinaria tal contrato com aquela alaranjada gente.


O João Esquecido do BPN

João Esquecido rua Sesamo

Hoje, quando li as noticias sobre o Dias Loureiro só me lembrei de um personagem da Rua Sésamo, o João Esquecido. Este Sesamo não é o do Ali Bába e os 40 ladrões, mas podia ser. Este é o que voltou à Comissão de inquérito da AR para justificar o injustificável. Agora vem dizer que assinava sem ler, coisa que ninguém no seu juízo faz e que em nada pode desculpar os crimes cometidos. Ou é Burro ou desonesto. Até os seus ex-amigos e colegas de partido já o aconselham a demitir-se de Conselheiro de Estado para não prejudicar a imagem do Sr.Silva, o único que parece não ter percebido que o Dias Loureiro está metido num caso de corrupção e aldrabice do qual não pode sair limpo. A sua reafirmação de confiança neste João Esquecido é sintomatico da hipocrisia que os seus apelos contra a corrupção e o compadrio representam, nada.

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