«A remuneração que BCP, BPI e CGD vão pagar ao Estado pelo
apoio público concedido através de instrumentos de capital contingente
("CoCos") vai ser dedutível na factura fiscal que estas instituições
terão de suportar ao longo dos próximos anos. No total, os três bancos
poderão abater mais de 400 milhões de euros aos seus encargos com
impostos, o equivalente a um quarto dos custos totais que terão com a
ajuda estatal nos próximos cinco anos e que podem ascender a mais de
1.650 milhões. »
Como há quem tenha muito mais arte para dizer o que me apetecia dizer deixo aqui um texto do blog "
O Jumento".
Tenho pena dos nossos queridos banqueiros, foram eles as
grandes vítimas da orgia de consumo dos tesos, dos abusos de Sócrates na noite
longa da asfixia democrática quem em bom tempo acabou graças ao 25 de Abril do
movimento dos Relvas. Compreende-se que sejam os contribuintes a financiar o
aumento de capital e a suportar os juros como o nosso Gasparzinho muito bem
decidiu.
Tadinhos dos nossos banqueiros que foram abusados por um
insaciável Sócrates que os obrigou a baixar as calcinhas e comprar dívida
soberana portuguesa. Aliás, a taradice de Sócrates era tanta que tinha um
verdadeiro fetishe pelas dívidas soberanas que ainda os obrigou a comprarem
outras dívidas, como a grega.
Tadinhos dos banqueiros que eram obrigados a dar cartões
Visa a torto e a direito, eram ameaçados por clientes pobres que tinham perdido
a vergonha e que quando queriam consumir acima das suas possibilidades e a
juros dignos de proxenetas forçavam os banqueiros a fazer horas extraordinárias
abrindo banquinhas de cartões de crédito nos corredores dos hipermercados.
Tadinhos dos nossos banqueiros, foram obrigados a
instalar-se na Zona Franca da Madeira para transformarem os impostos de que o
país precisava em dividendos para distribuir pelos seus accionistas.
Tadinhos dos nossos banqueiros que foram obrigados a
corromper-se, a empregar ex-políticos e familiares de dezenas de altos quadros
da Administração Pública a troco de favores e negócios que nunca pediram.
Tadinhos dos nossos banqueiros que foram forçados a manter
uma das bancas mais permissivas a branqueamento de capitais, como foi defendido
por algumas polícias e organizações internacionais.
Tadinhos dos nossos banqueiros a quem os consumidores pobres
gulosos e insaciáveis forçaram a desviar o crédito à actividade industrial para
crédito ao consumo e à habitação.
Tadinhos dos nossos banqueiros que foram forçados a
financiar contra a sua vontade as grandes obras públicas promovidas pelo
Estado.
É por terem sido vítimas de tanta injustiça que o mesmo
governo que cortou subsídios a funcionários e pensionistas, muitos deles já
falidos, vem agora dar sob a forma de deduções de impostos quase metade do que
roubou em 2012 e foi impedido de voltar a roubar porque o TC não lho permitiu.
É por terem sido vítimas de tanta injustiça que o governo
decidiu poupá-los a impostos devolvendo-lhes os juros de um empréstimo cujos
juros serão suportados pelos portugueses.
É por isso que quando ouço alguns destes canalhas,
designadamente, o do BCP e o tal dr do BPI que nunca acabou qualquer curso criticarem
o Tribunal Constitucional por ter declarado ilegal o corte dos subsídios, acho
que o que eles mereciam era serem vítima das inconstitucionalidades que
defendem na hora de roubar aos outros, muitos deles seus clientes.
Se é legítimo roubar vencimentos e subsídios à margem da lei
constitucional também o é adoptar leis penais de excepção para levar a tribunal
estes refinados canalhas, chulos e oportunistas que desde a privatização da
banca que não fazem outra coisa senão roubar os portugueses e levar o país à
ruína. Até abriria uma excepção e acabaria com o limite dos 25 anos de prisão,
alguns destes canalhas merecem muito mais.