domingo, dezembro 25, 2011

O Gaspar odeia o Natal


Já me convenci que o Vitor Gaspar não gosta do Natal. Este ano, à revelia da Troika resolveu cortar metade do subsidio e já nos disse que para os próximos anos nem o de férias nem o de Natal. Acaba-se com isso de dar dinheiro às pessoas para gastarem além do mínimo essencial para sobreviverem. Descanso, prendas, festas, família, lazer são benefícios que devem acabar. Bom mesmo é trabalhar, trabalhar, trabalhar. Acredita certamente que esse é o segredo da vida, a razão pelo qual Deus nos criou. Trabalho, tudo o resto é acessório e desejavelmente dispensável. Os patrões aplaudem, mas parecem esquecer que na sua ânsia de tudo ganharem, muitos deles acabarão falidos por uma austeridade criadora de recessão que levará a mais austeridade, com mais desemprego, mais falências e menos dinheiro agravando a recessão que voltará a a criar a mais austeridade. Quando vai isto parar? Ou melhor, até quando estamos dispostos a deixar?

Um Presépio para 2011


Com tanta coisa a acontecer ainda nem tinha feito um presépio para animar o Natal de 2011. Pouco há a dizer sobre a escolha das personagens, tendo o papel da vaca ficado entregue ao sorriso das vaquinhas que o Cavaco tanto parece apreciar e o do Burro ao Seguro que não aparece na imagem porque anda por aí a fazer abstenção violenta.
Bom Natal a todos.

sábado, dezembro 24, 2011

No escurinho de S.Bento

«O senhor primeiro-ministro solicitou que tivéssemos uma reunião em São Bento. Mas é minha regra de ouro nunca falar sobre as reuniões que tenho com o senhor Presidente da República ou com o primeiro-ministro», afirmou António José Seguro após abandonar a reunião em S. Bento com o Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho.

Não sei o que estiveram a falar. mas coisa boa não pode ser. Quando se juntam secretamente um Primeiro-Ministro incapaz e obcecado pelo liberalismo com um líder da oposição que inventou a abstenção violenta e pactua com as ilegalidades do governo só pode representar mais más notícias no futuro. Vivemos num país que na classificação de qualidade de democracia desceu um nível e até já foi ultrapassado por Cabo Verde e onde os governos conspiram com as oposições em segredo para nos tramar. Que novos roubos nos querem fazer em 2012?

Feliz Natal de 2011


Sem saber como será o amanhã, se a esperança vai renascer numa nova forma de democracia mais participativa e justa ou se uma longa noite de fascismo e ditadura vai cair sobre todos nós, preparo-me para passar mais um Natal na companhia da minha família e daqueles que amo acima de tudo, da minha companheira, dos meus filhos e todos os que não me deixam desistir de lutar por um mundo melhor. Estou por isso longe da Internet rápida, do PC com capacidade gráfica e das noticias deprimentes das televisões, rádios e jornais. Como sempre tenho tentado fazer nestes casos vou tentar continuar a alimentar este blog, mesmo sabendo das limitações técnicas que me limitam. Peço por isso desculpa se a qualidade das imagens sofrerem com isso ou os horários das postagens forem alterados e aproveito para desejar a todos um Bom Natal e a esperança de que juntos vamos conseguir fazer deste país uma terra mais justa e livre. 2012 é tempo de luta, de mudança e de vitória se todos o desejarmos.
Um abraço a todos.

Kaos

sexta-feira, dezembro 23, 2011

O nosso Cabo da Tormentas


Passos Coelho afirmou que se 2012 será “um ano muito difícil”, 2013 será diferente: “Tenho a convicção e a certeza de que atingiremos as metas de 2012 e a partir de 2013 estamos confiantes de que Portugal terá dobrado o cabo das tormentas”.

Mas, a nossa maior tormenta actualmente não é ele próprio?

Está na hora de partirem


O eurodeputado Paulo Rangel, do PSD, propôs a criação de uma agência nacional para ajudar os portugueses que queiram emigrar. «Até devemos pensar, se houver essas oportunidades, em gerir esse processo. Talvez fosse uma forma de controlar os danos». A ideia de criar um sistema de apoio à emigração, seria uma mais-valia vocacionada essencialmente para as camadas mais jovens e qualificadas da população portuguesa.

O mais grave de tudo isto é que esta gente acredita mesmo naquilo que está a dizer sem sequer pensar no que afinal aquilo que dizem quer dizer. Propor aos professores e aos jovem licenciados que emigrem é negar o futuro ao país. É aceitar que Portugal tem de ser um país miserável, de baixos salários e baixas qualificações, de rédea curta nos direitos laborais, não soberano e subalterno aos poderes dos mais ricos. É aceitar o que que é inaceitável e, como pelos vistos eles não o conseguem entender então também não têm condições para governar.

quinta-feira, dezembro 22, 2011

A vida fácil do Sr. Silva


O Presidente Cavaco Silva destacou o erro de Portugal ter investido excessivamente na produção de bens não-transacionáveis. Segundo ele, os portugueses beneficiaram do Euro e tiveram "uma vida fácil".

Tem toda a razão, mas um dos principais responsáveis pela destruição da agricultura, pescas e industria foi ele próprio assim como a aposta nos tais bem não-transacionáveis, para não falar no sistema financeiro submisso aos interesses dos mercados. Foi a era dos amigos, dos novos bancos e dos Dias Loureiros, Oliveiras e Costas e Duartes Limas. E, realmente, para alguns o Euro foi uma mina de ouro, fizeram-se muitas fortunas, e houve quem tenha tido a tal vida fácil. O Sr. Silva só se esquece que nem todos tinham dinheiro e a"conselheiros" para poderem comprar e vender acções do BPN, não puderam comprar uma Casa na Coelha, nem têm amigos com Propriedades em Cabo-Verde e contas em Off-shore. Esquece-se que já então os salários dos portugueses eram dos mais baixos da Europa, havia pensões eram de miséria e a fome e a pobreza de uns já coexistia com a abastança e ostentação de outros. Nem para todos a vida era um Cabaret.

A Divina Troika para nos salvar


Chamar-lhes filhos da puta é pouco porque esta gente é aldrabona, mentirosa, esclavagista e subserviente. Passaram todo o tempo a garantir-nos que as medidas de austeridade e os sacrifícios eram parte do acordo com a Troika assinado pelo anterior governo. Todos já tinhamos visto que este governo era mais troikista que a própria troika e onde ela dizia mata o Gasparzinho dizia esfola. Mas com grandes sorrisos o Passos Coelho não se cansava de dizer que estávamos a cumprir todas as exigências. Cortaram nos direitos e salários, taparam "buracos" que nunca ninguém soube quais eram e espalharam a fome e a miséria. Isto antes de o pior que estava previsto nos cair em cima em 2012. Mas, surpresa das surpresas, o governo continua a negociar com a Troika e ao que parece a adequar o acordo àquilo que faz e ainda lhes pede para carregarem mais no lápis vermelho dos direitos. Cumprimos tudo o que exigiam, até fizemos mais, mas agora passamos a ter de cortar nas indemnizações por despedimento (foi de 30 para 20 e agora vai para 10 dias por ano de trabalho), facilitar o despedimento (ao ponto de bastar o patrão pensar que há alguém de quem ele goste mais para o lugar), baixar os ordenados da função pública, cortar mais nos serviços de saúde, aumentar as taxas moderadoras, despedir professores e eu sei lá que mais. Podia aqui perguntar se o PS foi consultado nestas alterações assim como o PSD exigiu ser parte no acordo com a Troika, mas prefiro perguntar-me se já não merecemos a sorte de um balde de bosta, com balde e tudo, lhes cair em cima?

PS: Esta é a mesma gente que já fez com que na Grécia haja crianças que desmaiam nas salas de aula por fome e desnutrição.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

O Polvo

O Fim da Festa


O Governo antevê «sérias dificuldades» para atingir a meta de um défice de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012, uma vez que não poderá recorrer a medidas extraordinárias semelhantes às utilizadas este ano, cujos casos mais evidentes foram a transferência do fundo de pensões da banca e o imposto extraordinário aplicado sobre os subsídios de Natal.»

A festa está a acabar para este governo. Já meteu a mão em todos os impostos possíveis e imaginários e sabe que o país não aguenta muito mais. Com a pobreza criada, as falências que se anunciam, o desemprego a disparar tudo o que se pode esperar de 2012 é diminuição das receitas e aumento das despesas. O Gaspar fez previsões em que nem ele próprio acredita, a recessão vai ser muito maior que o número que atirou para o ar. Já mandou reforçar a sua segurança porque sabe que a corda está quase a rebentar. Sabe que isto está mau e os mercados não vão parar e que quando decidirem que está na hora de forçar um ataque ao Euro atiram-nos para o lixo. Isto se não forem os portugueses a atirá-los a eles todos primeiro.

terça-feira, dezembro 20, 2011

Salvem os "bifes"


Os britânicos que vivem em Espanha e em Portugal «podem ter ajuda do Governo para deixarem os países se a crise na zona euro arrastar» e deixarem de «ter acesso às suas contas bancárias». A imprensa inglesa avança este domingo que o Governo inglês tem um plano para retirar os seus cidadãos de Portugal e Espanha se o euro colapsar. Navios, aviões e autocarros serão usados para repatriar ingleses que queiram sair.

Que mais falta saber, que mais sinais se vai esperar para todos decidirmos que isto tem de mudar, que é, agora sim, inevitável correr com esta gente e seguir outro caminho. O capitalismo desenfreado, os Mercados, os Bancos, não são a solução, são sim o problema. Eles sabem e continuam e nós não fazemos nada?


O futuro vai emigrar?


Passos Coelho, apresentou aos professores a emigrarem como forma de resolver o problema do desemprego. Já os jovens licenciados tinham sido aconselhados a "saírem de Portugal" como solução de vida.
Que raio de governo é este que atira fora a massa cinzenta que temos. Que país restará desta austeridade, desta destruição da economia, destes baixos salários, sem direitos laborais e sociais, de toda esta sangria do futuro. Um país arrasado, pobre, miserável é o que nos prometem. E que raio de país é este que ouve isto e não diz basta, não vai para a rua revoltado e exige a mudança, exige a esperança, exige um futuro. Correr com esta corja, "emigrá-los" de vez é necessário e urgente. A única forma de o fazer é demonstrar nas ruas essa vontade.

segunda-feira, dezembro 19, 2011

A Privatização da EDP vai dar à luz


«No caso da E.ON, além de contactos directos entre as administrações das empresas – dos quais terá surgido a ‘promessa’ dos alemães a Mexia da sua continuidade como CEO e de um lugar de administrador não-executivo na eléctrica germânica –, houve um envolvimento directo dos líderes políticos. Numa conversa recente com Passos Coelho, noticiada pelo Financial Times, a chanceler Merkel enfatizou os benefícios para Portugal da proposta da E.ON.»

Lá se vai mais um anel, e já não há muitos. Segundo parece, quem oferece mais por ele, por cima da mesa, são os chineses, mas tudo indica que no fim o alemão acabará por ser a língua oficial da EDP. A Merkel já perguntou, "não nos faz uma atençãozinha?", o Mexia já vê os milhões que ganha por ano a poderem aumentar com mais um cargo de administrador-não-executivo e quem sabe se para outros não ficará guardado um "bom emprego" para garantir o "futuro". Isto é um negócio para nos venderem a luz, mas como sempre tudo acaba por me parecer muito escuro.
Certo é que as águas já rebentaram e, se a ecografia não enganar, a criança vai-se chamar E.ON.

Os pobres de amanhã ainda mais pobres que os de hoje



O primeiro-ministro, actualmente com 47 anos, foi questionado sobre que pensão espera receber quando chegar à idade de se aposentar e respondeu: "Sensivelmente metade daquela que existia antes de 2007. Talvez um pouco mais para todos aqueles que entraram na vida activa nos últimos dez anos, o que não é o meu caso, que entrei há bastante mais".
Sobre o futuro do sistema de Segurança Social, de acordo com o líder do executivo, "qualquer que tenha sido a carreira contributiva, os pensionistas sabem que não obterão da Segurança Social uma pensão superior a um determinado valor e que, portanto, devem fazer aplicações (geridas ou não pelo Estado), de forma a terem uma pensão mais generosa do que está estabelecida".


Este é o futuro que nos prometem, a redução das pensões como se agora já fossem muito altas (mesmo pelas contas do governo, mais de 80 por cento são inferiores a 600 euros). Claro que nos oferecem uma alternativa, descontarmos ainda mais para "aplicações" ou seja seguros que nos garantam que as reformas chegam para podermos sobreviver. Este sempre foi o sonho do liberalismo em Portugal, transferir o dinheiro da segurança social do estado para os privados. Falam da insustentabilidade do sistema actual, mas são eles que tudo fazem para o destruir e tornar inevitável a sua falência. Um bom exemplo é a passagem dos 6 mil milhões do fundo de pensões da Banca para a segurança social, o que ajuda o governo a dizer que cumpriu p limite do défice, até ultrapassando as exigências, mas cria uma nova despesa à segurança social de 500 milhões de euros em cada ano.
A única forma de resolver este problema era fazendo com que o dinheiro das pensões fosse considerado num orçamento independente do orçamento de estado, impedindo assim que esse dinheiro, que é nosso pois vem dos nossos descontos e que nos devia garantir uma pensão digna, seja gasto sabe-se lá onde.


PS: Mais uma mentira do Passos Coelho, "...entraram na vida activa nos últimos dez anos, o que não é o meu caso, que entrei há bastante mais". O homem nunca fez nada na vida, foi jotinha do PSD até aos 40 anos, tirou um curso à pressa na Lusíadas e, durante meia dúzia de anos foi ser gestor nas empresas de lixo do seu mentor "Ângelo Correia".

domingo, dezembro 18, 2011

Um triste filme

Obrigadinho, Oh Silva


Numa mensagem de boas-festas divulgada no site da presidência da República, o Presidente Cavaco Silva ao lado da mulher, desejou aos portugueses um ano de 2012 «tão bom quanto possível».

Se em vez de vir dizer banalidades e desejar uma ano tão bom quanto possível fazia melhor em fazer o possível por não o transformar num ano impossível de ser razoável quanto mais bom. Nem tem de fazer muito, vete as leis inconstitucionais que lhe caírem na secretária e corra com esta escumalha que assumiu o poder à custa da mentira e da aldrabice. Isto sim seria possível, mas sendo ele quem é e como é todos sabemos que é pedir-lhe o impossível. Podia ao menos, se nada vai fazer, deixar de ser hipócrita e calar-se. Já transformava o ano de 2012 um pouco melhor. Quanto é possível, claro.

sábado, dezembro 17, 2011

Um negócio muito submarino



«O dois ex-executivos da Ferrostaal e a própria empresa julgados por suborno de funcionário públicos estrangeiros na venda de submarinos a Portugal e à Grécia aceitaram a proposta de conciliação do tribunal, foi hoje anunciado. Ao fazê-lo, admitiram pagar subornos à Grécia e a Portugal, neste caso na pessoa do ex-cônsul honorário em Munique, Jürgen Adolff.
O ex-administrador da Ferrostaal Johann-Friedrich Haun e o ex-procurador Hans-Peter Muehlenbeck terão assim de pagar uma coima de 36 mil euros e 18 mil, respectivamente, e serão condenados a uma pena suspensa que não excederá dois anos, como propôs o juiz do processo, Joachim Eckert, na abertura do julgamento, esta manhã, na capital da Baviera.» Um negócio bem submarino onde se sabe que foram pagos subornos mas ninguém parece importar-se em saber a quem.

...ou então não pagamos.


“A primeira responsabilidade de um primeiro-ministro é tratar do seu povo. Na situação em nós vivemos, estou-me marimbando para os credores e não tenho qualquer problema, enquanto político e deputado, de o dizer. Porque em primeiro lugar, antes dos banqueiros alemães ou franceses, estão os portugueses”, disse Pedro Nuno Santos no último fim-de-semana, durante um jantar de Natal socialista de Castelo de Paiva.
No mesmo discurso, disse estar-se “marimbando” para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que o fez, lembrando que o país tem um trunfo: “Nós temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e franceses - ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos. As pernas dos banqueiros alemães até tremem”.

Quanto mais cedo o percebermos melhor e que haja quem o diga, mesmo sabendo que vai ser mandado calar pelos seus "pares" é bom porque há sempre quem o oiça e pense. A mentira da inevitabilidade cada vez faz menos sentido par cada vez mais gente.

sexta-feira, dezembro 16, 2011

O Ministro dos pobrezinhos


Todos os dias me vejo na necessidade de escolher duas notícias, dois temas ou duas ideias para ir alimentando este blog. Nos últimos tempo não me posso queixar da falta de assuntos, leis, mentiras que me possam servir de indignação e inspiração, mas por outro lado é sempre mais do mesmo. É a Crise Mundial, a Europeia e a nacional, os egoísmos, os mercados, as hipocrisias, o capitalismo e o poder, tudo em grande e em passo acelerado. Já não há pudor nem respeito para com a dignidade das pessoas, já vale tudo. Atirar alguém para a valeta da pobreza já não incomoda ninguém. Só pegando no ministro Pedro Mota Soares, sempre tão cândido e tão preocupado, podia falar do aumento do desemprego que já quase bate os 13%, da respectiva diminuição do subsidio para esse desempregado, tanto em valor como em tempo, nas instituições de apoio social, agora entregues à gestão privada ou nas reformas que vão ter um valor máximo tanto para descontar como para receber, passando parte dos descontos para o privado, sempre os privados, ou até do Audi ou de outra coisa qualquer. Mas, sinceramente, preocupa-me mais a imagem total, a destruição de toda a segurança social, transferindo os lucros para os privados e substituindo direitos sociais por caridadezinha. Não é esse o país e a sociedade em que gosto e quero viver.

“Ladrão”, “Gatuno”, “Palhaço”.


«Quer à chegada quer à saída do Centro de Arte Moderna Gerardo Rueda, em Matosinhos, cerca de três dezenas de populares manifestaram descontentamento, vaiaram o primeiro-ministro e gritaram insultos, tais como: “Ladrão”, “Gatuno”, “Palhaço”.»

O Sócrates teve de esperar 4 anos até lhe começarem a fazer esperas para o vaiarem, este nem precisou de esperar 6 meses. Com a crise que vai por uma Europa, sem soluções nem democracia para travar os Mercados e a politica de empobrecimento deste governo irresponsável, é bom que se habitue e as suas mães que perdoem quando lhes chamarem "Putas", que é ao filho, e não a elas, que querem ofender. E eles, como elas sabem bem, merecem.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Vem aí mais uma "Noite das Facas Longas"?


O Congresso americano aprovou a Lei Nacional de Autorização de Defesa, que dá poder ao Governo Federal de usar as Forças Armadas contra a sua própria população, de prender por tempo indeterminado americanos em qualquer lugar no mundo, sem nenhuma acusação formal e sem o devido processo legal.

Já aqui falei muitas vezes daquilo que alguns gostam de desprezar com a ideia da Teoria da Conspiração. Já falei dos Bilderberg, dos Iltuminati, da Nova Ordem Mundial e também doa Campos da FEMA. (Federal Emergency Management Agency) e nos autênticos campos de concentração construídos no centros doa EUA e onde guardam milhões de caixões plásticos. Teoria da conspiração ou não, a verdade é que esses Campos de Concentração FEMA existem e foram recentemente activados. Agora cada um que tire as suas conclusões, que olhe para os factos, pesquise na internet sobre estes assuntos, que se assuste com o que vai descobrir. Depois há que agir, há que fazer alguma coisa. É a liberdade e a vida, nossa e dos nossos filhos, que está em causa.
Porque nada disto é notícia na nossa comunicação social?

Uma coisa a que chamam Presidente


Vivemos tempos difíceis, governados por gente desprezível e que poucas esperanças nos dá para o futuro. No nosso sistema, o Presidente da Republica é uma figura com poderes limitados mas em que alguns são importantes. É a ele que cabe a tarefa de garantir o respeito e o cumprimentos da Constituição. Precisávamos de um Presidente inteligente, justo, corajoso, honesto, democrático, livre e com princípios humanos e morais acima de qualquer dúvida. Infelizmente temos o que temos e colocar alguma esperança naquilo que temos é pouco ou nada. Se as instituições, como aconteceu sempre em ditaduras, desrespeitam as suas funções e as leis que as regem, atropelando-as e deixam de ver os cidadãos como seres humanos com direitos e necessidades, o que nos resta é sermos nós a exigirmos esses direitos e reclamar essas necessidades. Somos gente e exigimos o funcionamento da democracia. Ninguém vai fazer isso por ti nem por mim, somos todos nós, juntos, que o temos de fazer.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Natal é quando a Merkel quizer


A Alemanha terá lucrado 9.000 milhões de euros com a crise das dívidas soberanas, que a par da subida das taxas de juro dos países mais endividados levou à descida das taxas de juro alemãs.

Nunca há nada que seja mau para todos e esta crise não é excepção. Há sempre os abutres e as hienas à espera.

Taxas moderadoras da vida


Afinal o Ministro Paulo Macedo, quando nos informou que as Taxas Moderadoras iam duplicar, um aumento de 100%, ou não sabia ou se "esqueceu" de dizer que algumas, como no caso das consultas nos Hospitais Distritais, iam triplicar de preço. Mas, como disse o Primeiro-Ministro Passos Coelho, ainda estamos "muito longe de esgotar o 'plafond' de crescimento das taxas moderadoras" para aplicar no Serviço Nacional de Saúde.
Já nem ser colocar em causa a saúde e a vida das pessoas faz esta gente ter consciência e parar. A sua agenda neo-liberal de preparar o terreno para a privatização da saúde e os "negócios" assim o exigem. Criam a miséria de um lado para diminuir na despesa e aumentam as taxas do outro para aumentar as receitas. As pessoas, essas são um empecilho do lado dos problemas e lucro do lado das vantagens.
Isto não se faz quando é daquilo que pode fazer a diferença entre viver e morrer.


terça-feira, dezembro 13, 2011

Anorexia Económica


É doença, é uma patologia, os sintomas são evidentes e a causa conhecida. Emagrecer ainda mais a nossa economia só pode levar à desgraça do país. Trate-se do doente removendo as causas., que têm caras e nomes. A cura só pode estar na determinação de todos nós, na forma como soubermos exigir a mudança. Não é com fome, pobreza e miséria que se cura a anorexia económica. Vamos não aceitar o remédio que nos querem impor, mas vamos escolher a liberdade, a democracia, o trabalho e a justiça social como tratamento.

Méé (Mecanismo Estabilidade Europeia)

A Carneirada

segunda-feira, dezembro 12, 2011

É entrar! É entrar, que o aldrabão sou eu



«Francisco José Viegas acredita que apesar da subida do IVA nos espectáculos em 2012, de 6% para 13%, o sector não vai sentir uma quebra da procura. “Acreditamos que vamos conseguir manter públicos na cultura e em alguns casos aumentar, precisamente porque as pessoas fazem opções”, disse o secretário de Estado.

Esta gente é parva e acredita mesmo naquilo que diz ou mente com todos os dentes porque não sabe o que dizer? É que ninguém que não seja minimamente atrasado mental consegue ver que com a redução de salários, aumento de impostos e de preços dos bens essenciais, mais a precariedade e o desemprego e em milhões de casas pobreza e até fome, as pessoas a primeira coisa que vão deixar é o supérfluo, aquilo que não é essencial à sobrevivência do dia a dia. Os cinemas, teatros e outros espectáculos vão certamente ressentir-se e muito. O Secretário de Estado sabe-o e por isso mente.

Está a doer-me a cabeça


O país está doente e insiste em tomar a medicação que lhe é imposta por uma Europa Merkleana que, em vez de ser uma cura, só agrava a doença. Digo isto porque também eu não escapei a uma constipação que me deixa rabugento e mal disposto. Mal já eu ando com o que se passa neste país e agora mais as dores de cabeça, no corpo. Não me apetece ouvir notícias nem estar para aqui a fazer o sacrifício de escrever sabendo que tudo fica na mesma. Vou fazendo os bonecos que pelo menos estou distraído.

domingo, dezembro 11, 2011

BPN. O roubo continua


O Estado acordou esta sexta-feira a venda do BPN ao Banco BIC, que tem como accionistas de referência a filha do Presidente angolano, Isabel dos Santos, e o português Américo Amorim, mas ainda pode ter de injectar mais dinheiro na instituição, admitiu o presidente do BIC, Mira Amaral. «Nós acordámos comprar o banco com o seguinte balanço: 2,2 mil milhões de euros de crédito, 1,8 mil milhões de euros em depósitos, e rácios de solvabilidade acima de 9%, que é o limite mínimo exigido pelo Banco de Portugal».
O presidente do BIC desconhece «qual a situação líquida do banco neste momento», por isso, diz, também não sabe «quanto é que o Estado terá de meter ainda no BPN para atingir a situação que foi acordada no contrato promessa, mas admitiu que o valor em causa se poderia aproximar dos 500 milhões de euros. «O Governo tem de capitalizar o banco para atingir os rácios acordados, mas não sei quanto é que ainda terá de lá meter».

Grande negócio, um banco com 2,2 mil milhões de euros de crédito, 1,8 mil milhões em depósitos, e rácios de solvabilidade acima de 9% por 40 milhões de euros. Para nós, que ainda veremos pelo menos mais 500 milhões lá enterrados não o será, mas para o Mira Amaral, a Isabel Santos e o Américo Amorim é o chamado negócio da China. Que imposto irá aumentar ou quanto nos vão retirar do salário para pagar isto ainda se está para ver.

O comboio da Democracia...descarrilou


Ouvi hoje a porta-voz da CP, Ana Portela, dizer que se os trabalhadores fizessem a greve planeada para dias 23, 24 e 25 de Dezembro e 1 de Janeiro, o pagamento dos salários, estão em risco, invocando o prejuízo de mais de 2 milhões de euros com as greves efectuadas este ano. (Uma gota no oceano da dívida da CP que é de 3.3 mil milhões de euros). Mais, a dita cuja afirmou que normalmente pagam o salário de Dezembro no dia 23, mas com as greves marcadas para esse dias e seguintes não haveria dinheiro para pagar por não haver receitas de bilheteira. Vão pagar aos trabalhadores no dia 23 com as receitas de bilheteira de dia 23, 24 e 25?
Este tipo de atitudes, demagógicas e que procuram voltar trabalhadores contra trabalhadores e ameaçar quem faz greve é ilegal e imoral. Mostra bem o pensamento politico e pouco democrático de quem governa no quero posso e mando, desdenhando das leis. Já começaram ditaduras com gente mais democrática que esta e só a defesa da liberdade e do respeito pelos direitos consagrados na Constituição, feita por todos, nas ruas deste país. Há alguém interessado em ter um novo Botas, agora chamado de Gaspar, durante mais 48 anos. Eu já vivi lá e não gostei.


sábado, dezembro 10, 2011

A Nova Europa

Um buraco insaciável


O secretário regional do Plano e Finanças, Ventura Garcês, revelou nesta terça-feira que a dívida pública da Madeira ascendia a seis mil milhões de euros, em Outubro, mais 200 milhões do que inicialmente contabilizado.

Um grupo de cientistas revelou a existência dos maiores buracos negros alguma vez encontrados no Universo, sendo que o maior tem aproximadamente 10 vezes o tamanho do nosso sistema solar.

Não sei se estas notícias estão relacionadas, mas para encontrar grandes buracos não é necessário olhar para o espaço infinito. A Madeira, o BPN, tudo aqui tão perto, tão à vista de todos mas que todos parecem preferir esquecer. O Bicho da Madeira, depois de ter enviado os seus lacaios eleitos para a Assembleia da Republica fazerem chantagem o governo no orçamento do Estado, vem agora exigir ao Coelho o cumprimento das promessas feitas por debaixo do pano. Desbocado como é, abre a bocarra e sai tudo cá para fora, já o Coelho, mentiroso como já mostrou ser, atrapalha-se e tem muito para sofrer com o Jardim da Madeira. Não fosse o dinheiro nosso, pago com os nossos subsídios, reduções de salários, impostos e cortes nos direitos sociais até poderia ser um espectáculo interessante de assistir. Assim é mais uma vergonha para juntar a tantas outras com que nos têm presenteados estas duas personagens.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Mais meia-hora de retrocesso civilizacional


No país com os salários mais baixos da Europa, em que ainda cortam os subsídios de Natal e de Férias, em que a precariedade, os falsos recibos verdes, os contratos a prazo são cada vez mais longos, em que em nome da flexibilidade os horários ficam cada vez mais à vontade do patrão sem que a vida pessoal do trabalhador interesse para nada resolveram agora alargar o em meia hora diária o tempo de trabalho. Tudo em nome de um falso conceito de produtividade que a única coisa que vai fazer é criar mais desemprego e mais pobreza. O capitalismo selvagem impõe a sua lei forçando um retrocesso civilizacional do qual não se conhece ainda os limites. Será que ainda voltaremos um dia a ver de volta os velhos mercados de escravos? Vontade parece não lhes faltar e tudo em nome da ganância dos especuladores. O povo lutou durante séculos para conquistar os seus direitos e a possibilidade de viverem uma vida com dignidade e talvez tenha chegado a altura de voltarem a pegar nas "armas" da revolução e da revolta para os reconquistar. A luta por uma nova democracia mais participativa e verdadeira é o caminho e a solução, porque como já muitos afirmam, o mal não é a crise, é o sistema.

Europa amestrada


Há para aí mais uma cimeira Europeia, (custa cerca de 10 milhões de euros,segundo a agência EFE), para discutirem a forma como vão alterar os Tratados Europeus transferindo soberanias nacionais para debaixo da pata dos Senhores da Europa. Os povos, esses nada podem dizer porque só essa ideia deixa a Merkle nervosa. Mas não é da Cimeira que quero falar, mas de dois "cãozinhos amestrados" que por lá vão andar, (são mais mas vou referir só estes dois). Quem não se lembra de ver o Durão Barroso a fazer grandes discursos inflamados em defesa dos Eurobonds e o diferendo do Sarkozy com a Merkle sobre o assunto? Ambos os defendiam mas bastou a patroa Alemã dizer NEIN, e já ambos vêm dizer que os Eurobonds são um disparate e que nem se deve pensar nisso. O que gostava mesmo era ver, durante a Cimeira, era a Merkel dizer-lhes, -Deita! Rebola! e eles a atirarem-se, logo ali, para o chão às voltinhas com as patinhas para o ar.

quinta-feira, dezembro 08, 2011

Diga Aaaaaaaah!


Só duas notícias tão diferentes tão iguais.

«O ministro da saúde, Paulo Macedo, revelou ontem o valor das novas taxas moderadoras. Uma ida a uma Urgência num hospital polivalente passa a custar 20 euros, em vez de 9,60 euros, e uma consulta num centro de saúde custará cinco euros, em vez de dois euros e vinte e cinco cêntimos.»
[CM]

«A história repete-se. Em algumas das mais recentes nomeações para conselhos de administração de centros hospitalares voltou a acontecer a tradicional dança de cadeiras, apesar das recomendações da troika: saíram gestores do PS, entraram gestores com ligações ao PSD e ao CDS. E, noutras nomeações ainda em preparação, fervilham as movimentações partidárias para a escolha de militantes ou simpatizantes dos partidos no poder.
O memorando de entendimento assinado com a troika refere expressamente que os presidentes e membros das administrações hospitalares "deverão ser, por lei, pessoas de reconhecido mérito na saúde, gestão e administração hospitalar" - uma medida a aplicar já no quarto trimestre deste ano. A assessoria do Ministério da Saúde defende, porém, que a obrigatoriedade de concursos para novos dirigentes apenas se aplica "nos casos dos institutos públicos e das direcções-gerais", ou seja, na administração directa do Estado. E alega que os hospitais EPE (entidades públicas empresariais) "não têm o mesmo estatuto" e a escolha fica nas mãos dos accionistas - que são os ministérios da Saúde e das Finanças.» [Público]


Sobem-se as taxas moderadoras em mais de 100% transformando-as em co-pagamentos inconstitucionais e sobem a falta de vergonha, de decência e de moral.

Como se constrói uma ditadura


Já nos cortaram nos direitos sociais e nos salários, já nos fazem viver numa democracia de fachada mas cada vez mais se nota um ambiente de insegurança e medo. Não a normal acontecer com o aumento de roubos e assalto sempre que a fome e a miséria se tornam no dia a dia de milhões de cidadãos, mas a praticada pelo próprio poder e pelas forças que nos deviam defender dessa insegurança e desse medo. A violência criada e fomentada por agentes policiais infiltrados à civil na manifestação do dia 24 de Novembro é disso uma prova concreta e a falta de resposta dos responsáveis a demonstração de quem a promove.
Mas há mais a acontecer, as ilegalidades e inconstitucionalidades do orçamento, e agora o desrespeito do Ministro Miguel Macedo perante a opinião da Comissão Nacional de Protecção de Dados que considerou inconstitucional a proposta do Governo sobre a instalação de câmaras de video vigilância, afirmando que o parecer da comissão como uma «declaração política» e argumentando que «o Governo não legisla sobre o parecer da CNPD». O que o Ministro faz tábua rasa dos órgãos criados para garantir o respeito pela lei, pela Constituição e pela defesa do direito e das liberdades e garantias dos cidadãos. Este governo desrespeita tudo e todos pelo que antes que o Gaspar se transforme em Salazar temos de correr com esta gente.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Anda por aí um travo salazarento


«Agora é tempo de acabar com os direitos adquiridos e encontrar uma carta dos deveres atribuídos a todos os portugueses, de alto a baixo. Agora é tempo de acabar com utopias e ilusões, soberanias e independências. Agora não é tempo para o exercício de democracias directas ou indirectas. Agora já não há tempo para hesitações ou referendos sobre o que se vai passar na Europa e em Portugal. Se Vítor Gaspar tem razão quando diz que “não há dinheiro”, não é menos verdade que Portugal não tem tempo a perder com formalismos próprios de gente rica. A ordem está falida e os frades famintos. »
(Editorial do i de António Ribeiro Ferreira)

A falta de decoro, de vergonha e dos mais básicos princípios democráticos que começam a surgir na nossa sociedade é preocupante e mostra a importância de todos nos unirmos na defesa de um valor fundamental que é a liberdade. Sem ela somos escravos de um qualquer Senhor que imporá a sua lei à força da perseguição e da violência. Este texto deste tal António Ribeiro Ferreira é um atentado à própria liberdade que lhe permite escrevê-lo e dar a sua opinião. Mas, o que se torna mais grave é que este texto reflecte em grande parte a postura e a forma como este governo se tem comportado. Como muito bem escreveu o "amigo" do blog o Jumento, "Este artigo é a melhor opinião que já se escreveu em apoio dos valores ideológicos de Vítor Gaspar".

2.000 milhões de euros. Querias? Toma!


O primeiro-ministro revelou numa entrevista a existência de um excedente de 2 mil milhões de euros, mas reforçou, no Porto, que não há almofadas.

Não há almofadas mas há dois mil milhões que lhe caíram do céu e que nós ainda iremos ter de pagar. Isto vem dos 6 mil milhões conseguidos com a transferência dos fundos de pensões da banca para o Estado. Quatro ficam já com os bancos e sobram dois para poder gastar neste Natal em prendas para os amigos. Com este dinheiro, se o desejasse, podia dispensar o corte no subsidio de Natal, podia aliviar um pouco a violência com que está a sobrecarregar os portugueses e a miséria e pobreza que está a criar. Podia mas não quer.
Seis mil milhões que todos nós acabaremos por pagar pois a segurança social vai passar a ter de pagar as pensões da banca que segundo parece são mais de 500 milhões de euros por ano. Depois lá virá a velha conversa da necessidade de mais anos de trabalho e menores reformas para a sustentabilidade da Segurança Social.

terça-feira, dezembro 06, 2011

Um Cabal de Natal cheio de hipócritas


O presidente da Assembleia Municipal de Cascais (em exercício) teve de usar o seu voto de qualidade para garantir que este Natal, apesar da crise sem precedentes, não será diferente. Perante os 16 votos a favor e os 16 votos contra uma moção do PS que propunha que, este ano, os cabazes de Natal e os bolos-reis que a autarquia costuma oferecer aos seus deputados fossem antes destinados a famílias carenciadas, "nomeadamente aquelas em que o casal se encontra numa situação de desemprego", Gabriel Goucha (Presidente do PSD Cascais) não teve dúvidas: solidariedade natalícia sim senhor... para com os deputados municipais.

Sei que o desemprego sobe em flecha, que este governo rouba os funcionários públicos, que o sector empresarial do Estado está a saque com as privatizações que se anunciam, que o Estado Social está a ser transformado em caridadezinha, que há milhões de portugueses que já vivem na pobreza, que a miséria, fome e o desrespeito pela Constituição, pelos direitos e dignidade dos cidadãos não pára de aumentar, mas há pequenos gestos que mostram bem a hipocrisia e a indignidade daqueles que, sentados nas suas cadeiras do "poderzinho" representam.
Perante a proposta de cederem um Cabaz de Natal, que lhes está a ser pago com o dinheiro dos cidadãos, a quem mais necessita e vai ter um Natal mergulhado na pobreza, esta gente vota não o fazer por puro egoísmo. Esta é a cara da nossa classe política. Esta é a vergonha que temos de erradicar das cadeiras do poder. Esta gente não presta e não merece qualquer consideração. Rua com eles.

A subserviencia dos miseráveis


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apelou hoje a um consenso nacional em volta de uma posição portuguesa face à possibilidade, defendida pela Alemanha e por França, de aprovar um novo tratado europeu. A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy debateram formas de "repensar e refundar a Europa", um plano que prevê um novo tratado europeu que reforce a governação económica na Europa.

A Europa é uma ditadura Germano/Gaulesa, em que os seus lideres põem e dispõem de como os governos, subservientes, devem governar.
Sei que muitos defendem uma Europa e um país, que muitos defendem o federalismo, que os países deixem de o ser para se tornarem em simples regiões de um país maior e que se abdique da independência. Não vou agora aqui defender um lado ou o outro mas só realçar que com a forma como a Alemanha e a França se têm portado, mandando e impondo as suas opiniões a todos os outros, não podemos ficar descansados de que a Democracia continue a existir, (se é que ainda existe), que a liberdade não passe a ser uma memória e que não passemos a ser considerados cidadãos de segunda às ordens de uma raça ariana armada em raça superior.
Paulo Portas fala em procurar o consenso nacional, abrindo já a porta ao compadrio politico e renegando a possibilidade de dar a voz e a decisão do povo através de um referendo. O poder não gosta de referendo, como se viu na altura do Tratado de Lisboa e até, mais recentemente, na Grécia com a ajuda externa e os pacotes de miséria que a acompanhavam. O poder não gosta de dar a voz aos seus povos pois podem decidir de forma diferente daquela que eles querem e desejam. Não sei qual é a definição que alguns dão à Democracia, mas na minha, mesmo numa democracia minimalista como é aquela que temos, isto é ditadura. Vamos exigir que nos devolvam a democracia que nos estão a roubar e aproveitemos para exigir uma outra democracia, mais participativa e onde a palavra dos cidadãos conte mais que as opiniões de um qualquer politico. Uma democracia em que a Constituição não seja feita palavra rasa.
Esta não é uma luta que nos podemos dar ao luxo de perder porque é todo o futuro, o nosso, o dos nossos filhos e netos que está em causa. Esta é uma luta que cabe a todos, uma luta que não é travada no sofá em frente da televisão, uma luta que tem de ser feita na rua, na ocupação do espaço público e na exigência da mudança. Não é hora de resignação nem de comodismo porque não há outra hora que não esta para o fazer.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Uma Constituição que até (os) queima


«O empresário Joe Berardo diz que o Presidente da República não tem conseguido manter o compromisso de "defender os portugueses", nem explicar o seu envolvimento em algumas situações polémicas, pelo que deve "pedir a resignação" do cargo.»

Eu normalmente não concordo com aquilo que este Joe diz, e não é por nem saber falar um português minimamente português, mas sim pelas suas opiniões e oportunismo. Mas, neste caso até tenho de concordar com ele que este Sr. Silva devia resignar. O melhor mesmo era que nunca tivesse sido eleito por todo o mal que já tinha feito a este país e, se não resignar todo o que ainda virá a fazer.
As funções do Presidente no nosso regime é quase de figura institucional, mas algumas funções importantíssimas como a obrigação de velar pelo cumprimento da Constituição. Este governo já deu mostras de não ligar nenhuma à lei fundamental da republica Portuguesa e cabe ao Presidente a obrigação de pôr cobro a isto. terá o Sr. Silva coragem para isso? É que ao que parece a Constituição começa a queimar-lhe as mãos.

PS: Já agora Sr. Silva, se fizer um favor ao seu país e antes de resignar, agradecíamos que demitisse o Passos Coelho e toda aquela cambada de Álvaros, Relvas e Gaspares que o acompanham.

Autarquias: Uma aventura perigosa


O ministro Miguel Relvas foi fortemente contestado neste sábado, quando foi encerrar o congresso da Associação Nacional de Freguesias. Metade dos 1600 congressistas abandonaram a sala onde decorreram os trabalhos, em Portimão. Uma forma de virar as costas à proposta de extinção de freguesias defendida pelo Governo. No final, Relvas disse que o clima de contestação foi gerado e estimulado propositadamente contra si. Uma acusação sem destinatário, dado que se recusou a identificar os autores.
Interrompido diversas vezes por vaias e palavras de contestação, o ministro garantiu que a reforma administrativa do país irá para a frente. “Vamos ser claros. Esta reforma da Administração Local é uma exigência geracional e o Governo está determinado na sua concretização”.

Este governo acobardou-se quando soube que teria de mexer nas autarquias, onde é o partido com mais Municípios e Freguesias e onde mantêm muita da sua força e satisfaz muita da sua clientela, interna e externa. O cartão do partido é garantia de empregos e tachos e negócios para muitos empresários, empreiteiros e comerciantes. Resolveu por isso poupar os municípios, de onde sabiam vir muito maior contestação, e atacou os mais fracos; as freguesias.
Mas, as freguesias, até mais que as Câmaras Municipais, são a ligação mais próxima das populações ao Estado para a resolução dos problemas locais e, se nas grandes cidades isso não se faz sentir muito, nas pequenas aldeias isoladas do interior é uma necessidade. São também, para todos aqueles que desejam e exigem uma nova forma de democracia, mais participativa e que respeite a opinião dos cidadãos, o local indicado para conseguirem iniciarem a mudança. Movimentos de cidadãos podem concorrer às eleições para criarem uma relação muito mais próxima e directa com os fregueses, levando para as Assembleias de Freguesia as propostas decididas por Assembleias Populares convocadas para discutir os problemas e encontrar as melhores soluções.
Fizeram por isso muito bem todos aqueles que o vaiaram
e lhe viraram as costas. Agora é iniciar a luta para tentar travar mais este ataque do poder à qualidade de vida de todos nós.


domingo, dezembro 04, 2011

Afinal quem é que é violento?


A actuação da polícia, com agentes infiltrados na manifestação da greve geral de 24 de Novembro, que se mostrou serem os responsáveis da violência que aconteceu, tanto provocando eles próprios os confrontos, agredindo civis ilegalmente e acabando mesmo por entram em confronto com a própria policia que fazia o acompanhamento do protesto.
As declarações iniciais do Ministro e das forças policiais foram deploráveis, o comentários da Direcção Nacional da PSP ainda piores e há um coro de protestos de exigindo o apuramento de responsabilidades pelas ilegalidades cometidas e pela forma como pretenderam "contaminar com violência" um protesto pacifico e legal. Por exemplo o bastonário dos advogados Marinho e Pinto diz que actuação da PSP “vergonhosa e indigna” merece inquérito parlamentar. “Devem ser exemplarmente punidos os comandantes policiais ou membros do Governo que permitiram essas práticas.” “O objectivo dos agentes provocadores é desacreditar a contestação social à política do Governo”.“Pelo que me apercebi, tiveram atitudes mais radicais, para levar as pessoas a segui-los”. “Ficámos com dúvidas sobre se não foram outros agentes da PSP que lançaram cocktails molotov para as repartições de finanças.” Toda a informação, fotografias e videos no blog 5 Dias
Esta gente há muito que renegou a constituição e a lei e age como se de uma ditadura se tratasse. O pior é que não se pode ser uma ditadura enquanto houver cidadãos que não se calam e que teimam em denunciar e combater a prepotência e o ataque ás liberdades. Mas ainda pior para eles é que cada vez há mais gente a indignar-se, a ganhar consciência que uma mudança, não de governo, mas de sistema é urgente, a querer ter voz activa nas decisões. Há mais gente a debater ideias com outros, por todo o lado surgem grupos que se reúnem e pensam alternativas. Grupos todos unidos pela ideia de uma democracia mais participativa e mais verdadeira. E, não é só espalhadas por Portugal, por todo o mundo a indignação contra os governos submissos aos mercados criando desemprego, pobreza e miséria. Grupos todos diferentes na sua postura, todos independentes na sua acção, todos iguais nos objectivos.


Um salário mínimo digno de gente abastada


"O salário mínimo [485 euros], em termos relativos, não é realmente baixo em Portugal." A afirmação do secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, feita ontem no Parlamento, levou alguns deputados à gargalhada.

Temos de agradecer a este burgesso o fazer-nos sentir ricos pois afinal viver com 485 euros não é um salário baixo. Os deputados deram gargalhadas com as afirmações do Secretário de Estado e como sei que vão aparecer muitos que não sabem a sorte que temos em estar num país onde quem recebe o salário mínimo vive na abastança, faço já aqui a proposta de que esse passe a ser o valor dos salários deste e todos os outros membros do governo. Afinal, em termos relativos, não seria uma remuneração realmente baixa, mas seria merecida.

sábado, dezembro 03, 2011

A conquista da Europa

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, colocou-se hoje ao lado da Alemanha para defender “um novo tratado europeu” que refunde a Europa e reforce o governo económico da União Europeia.

A cada crise económica por que passou a Europa no século XX, segui-se uma guerra em que a Alemanha assumiu o papel do conquistador e que resultaram em muitos milhões de mortos. Na primeira crise do novo século há quem diga que a guerra será só económica e que, como nas anteriores, lá está a Alemanha a lançar uma nova ofensiva de conquista, desta vez não pela força das armas mas pela força da chantagem e da ameaça financeira. Certo é que a cada dia, a cada decisão da dupla Merkle/Sarkozy mais um pouco da soberania dos países é alienada e com um novo tratado pouca ou nenhuma restará. Isto, se entretanto a coisa não descambar para a velha via do tiro e da bomba.

A Assombração cavaquista


Sobre as críticas feitas por Manuela Ferreira Leite, Passos Coelho afirmou que «Não vivo com fantasmas. Não tenho medo, como primeiro-ministro e líder do PSD, de fantasmas internos». Até porque, acrescentou, «apesar de haver sempre vozes discordantes dentro do PSD».

Que a velha te assombre as noites entre os teus pesadelos com tumultos. Se isso não te fizer ir embora então teremos de ser nós a ir para a rua e correr contigo. É que estamos fartos de aturar mentirosos.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

A Abóbora do Cavaco

Cavaco Silva Agricultor não teme comparações e afirma, pegando na abóbora de um outro agricultor, que as abóboras dele são muito maiores. Não fala sobre o orçamento porque ainda não conhece o documento na totalidade. Nós, mesmo os que também não conhecem o orçamento na totalidade podemos esperar porque todos sabemos que é um documento que inclui inconstitucionalidades. Esperemos que também aí tenha uma grande "abóbora" e tenha a coragem de enviar tudo para o tribunal constitucional.
Como tenho algumas dúvidas o melhor mesmo é começarmos a pensar em juntar-nos todos para ir a Belém mostrar-lhe a nossa indignação.

Pirataria Orçamental


Um Orçamento acabadinho de aprovar à tarde para à noite o Passos Coelho já admitir que "o maior risco que nós enfrentamos nesta altura é o de declínio económico", acrescentando que se a recessão económica no próximo ano for superior aos três por cento previstos pelo Governo teria de adoptar novas medidas. Não quero nesta altura dizer que medidas poderão ser. Julgo que não é a altura adequada para estar a falar disso".
Pois é, lá mais para a frente dirão que mais nos vão roubar e avisarão de quando o voltarão a fazer. O Sócrates chamava-lhes PEC, este tem-lhe chamado buracos e agora simplesmente medidas. Será que também se vai chamar, Medidas um, medidas dois, medidas três,...?
Esta gente não sabe o que anda a fazer, destrói a economia e o crescimento forçando a recessão, faz uma previsão que nem eles mesmo acreditam para assim justificarem mais destruição da economia e mais recessão. Até quando vamos aguentar?
É certo que alguma coisa vai ter de acontecer, cabe-nos a nós tentar garantir que a solução passe por uma democracia mais participada, uma sociedade mais livre e não em mais repressão e autoritarismo.

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Antenora de Dante(s) mas agora


"Antenora é o segundo giro do nono círculo onde são punidos os traidores de sua pátria ou partido político. As almas ficam submersas no nível do pescoço, com apenas suas cabeças fora do gelo. O nome foi tirado de Antenor, o príncipe troiano que traiu o seu país ao manter uma correspondência secreta com os gregos."

Depois de um anónimo e o amigo Joãopft me terem relembrado Antenora, da Divina Comédia de Dante, senti-me na "obrigação" de lhe fazer um "boneco". Claro que neste caso o segundo giro do nono circulo não se deveria chamar de Antenora, mas sim Passoscoelhora, porque como Antenor também ele está a trair o seu pais, não por simples correspondência secreta, mas por submissão ao poder Franco-Alemão e condenação dos portugueses à miséria. Ninguém conhece por aí algum lago gelado disponível?

O dia da Restauração


A 1 de Dezembro de 1640, Miguel Vasconcelos era secretário de Estado (primeiro-ministro) da duquesa de Mântua, vice-Rainha de Portugal, em nome do Rei Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal). Era odiado pelo povo por, sendo português, colaborar com a representante da dominação filipina. Foi a primeira vítima tendo sido defenestrado.
Depois de entrarem no palácio, os conspiradores procuraram Miguel Vasconcelos, mas dele nem sinal. E por mais voltas que dessem, não encontravam Miguel de Vasconcelos. Já tinham percorrido os salões, os gabinetes de trabalho, os aposentos do ministro, e nada. Ora acontece que Miguel de Vasconcelos, quando se apercebeu que não podia fugir, escondeu-se num armário e fechou-se lá dentro, com uma arma. O que finalmente o denunciou foi o tamanho do armário. O fugitivo, ao tentar mudar de posição, remexeu-se lá dentro, o que provocou uma restolhada de papéis. Foi quanto bastou para os conspiradores rebentarem a porta e o crivarem de balas. Depois atiraram-no pela janela fora.
O corpo caiu no meio de uma multidão enfurecida que largou sobre ele todo o seu ódio, cometendo verdadeiras atrocidades, sendo deixado no local da queda para ser lambido pelos cães, símbolo da mais pura profanação.

Este é o último ano em que o dia 1 de Dezembro vai ser feriado. A este junta-se o dia 5 Outubro e mais dois feriados religiosos. Curiosamente são duas datas que representam, uma a independência e outra a Republica, ambas conquistadas com revoluções apoiadas por populares. É que para este governo, revoluções não são boas de lembrar nem de festejar. É porque confundem muito tumultos com revoluções e tumultos é um pesadelo que os assola.
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