“Digo olhos nos olhos: O nosso país não é corrupto, os nossos políticos
não são corruptos, os nossos dirigentes não são corruptos”, disse este
sábado à noite a procuradora-geral adjunta, na Universidade de Verão do
PSD, em Castelo de Vide.
"Em resposta à solicitação, o DCIAP informa que o chamado 'processo dos
submarinos' tem a sua investigação aberta contra desconhecidos, não
tendo sido recolhidos indícios da prática de ilícito de natureza
criminal por parte de V. Exa (Paulo Portas)", escreveu Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal no
documento enviado hoje ao ministro dos Negócios Estrangeiros que cumpre
uma deslocação ao Brasil.
"Não vou responder a isso, parece que me estou a oferecer", disse
Cândida Almeida quando questionada pelos jornalistas sobre a sua
disponibilidade para a função. A directora do Departamento de
Investigação e Acção Penal.
Em dois ou três dias esta senhora mostrou o quanto se pode rebaixar alguém para conseguir ser nomeada para um cargo, neste caso de Procuradora Geral da Republica que ficará vago em Outubro. Dizer o que anda a dizer no país em que as conclusões do relatório anual da Organização Transparência Internacional
sobre os níveis de corrupção coloca o Estado português no 32º lugar à escala global, (4º à escala Europeia se não me falta a memória), é querer dizer que se ocupar o cargo não haverá uma grande vontade de a investigar. Só se pode compreender o que esta senhora diz se pensarmos no número de casos de corrupção em que os corruptos são condenados, mas isso só mostra que a nossa investigação e a nossa justiça ou são complacentes ou incompetentes. Demita-se que mal já nós estamos com os fracos desempenhos da nossa justiça e não necessitamos de mais um lambe botas como procurador.